Por Kelsey Johnson
OTTAWA, Canadá (Reuters) - O governo canadense vai prosseguir com um plano para taxar grandes companhias internacionais de tecnologia, afirmou o ministro das Finanças, Bill Morneau, nesta segunda-feira, apesar dos Estados Unidos ameaçarem impor tarifas retaliatórias contra a França por promover imposto semelhante.
"Temos sido muito claros de que queremos ter certeza de que companhias digitais paguem sua parcela justa de impostos em nosso país. Então, isso significa que vamos seguir em frente", disse Morneau a jornalistas.
O governo do premiê Justin Trudeau prometeu durante campanha eleitoral criar um imposto de 3% sobre serviços digitais a ser cobrado de companhias de tecnologia que tenham faturamento global de pelo menos 1 bilhão de dólares canadenses (752 milhões de dólares) e receitas no Canadá de mais de mais de 40 milhões de dólares canadenses. A promessa é para o tributo entrar em vigor a partir de 1 de abril.
O imposto, similar ao novo tributo de serviços digitais criado pela França e que tem irritado o governo dos Estados Unidos, será aplicado sobre a receita gerada com a venda de anúncios publicitários e dados de usuários.
O imposto francês, segundo o governo dos EUA, vai atingir companhias norte-americanas como Facebook, Google (NASDAQ:GOOGL), Apple (NASDAQ:AAPL) e Amazon (NASDAQ:AMZN).
Morneau afirmou que o Canadá vai trabalhar em conjunto com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e outros países enquanto elabora sua proposta tributária para garantir que não existam brechas de evasão fiscal.
"Estas companhias são internacionais e queremos ter certeza de que elas pagarão suas parcelas justas de imposto e não encontrem forma de contorná-las", disse o ministro canadense.
(Por Kelsey Johnson)