Por Sam Boughedda
Os analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) disseram aos investidores, em uma nota sobre a inteligência artificial e seus efeitos sobre o crescimento econômico, que as tecnologias gerativas podem aumentar a automação de tarefas, a economia com mão de obra e a produtividade do trabalho.
Os estrategistas do banco ressaltaram que, apesar da incerteza em torno do potencial da IA gerativa, sua capacidade de gerar conteúdo indistinguível da produção humana e de quebrar as barreiras da comunicação entre humanos e máquinas reflete um avanço significativo, com “efeitos macroeconômicos extraordinários”.
“Se a IA gerativa realmente cumprir o que promete, o mercado de trabalho deve passar por profundas mudanças”, escreveram.
Eles explicam que, com base em dados de tarefas ocupacionais nos EUA e na Europa, é possível dizer que “aproximadamente dois terços dos empregos atuais estão expostos a algum grau de automação de IA”. Eles acrescentaram que a IA gerativa poderia substituir até um quarto do trabalho atual.
No entanto, observaram que o deslocamento de trabalhadores tem sido historicamente compensado pela criação de novos empregos e pelo surgimento de novas ocupações.
Com isso, acreditam que a combinação entre a redução significativa dos custos com mão de obra, a criação de novos empregos e a maior produtividade de profissionais não deslocados aumentam a possibilidade de um boom na economia. No entanto, ressaltaram que é difícil prever o momento exato disso.
“O aumento da produtividade global do trabalho também pode ser economicamente significativo, e estimamos que a IA possa eventualmente elevar o PIB global anual em 7%”, concluíram.