Por Senad Karaahmetovic
O analista do Goldman Sachs (NYSE:GS), Eric Sheridan, permanece otimista com o setor de anúncios digitais nos EUA, apesar do ambiente macro extremamente desafiador.
O analista ressaltou a persistente volatilidade no setor de publicidade digital como um todo, mas afirma que os recentes cortes nas previsões do segmento para o segundo semestre de 2022 e 2023-26 já são suficientes.
“Continuamos vendo bases comparativas de crescimento ano a ano mais fáceis no 2º semestre de 2022, ainda que com uma série de correntes cruzadas (provável piora do cenário macro, mas com a indústria superando os obstáculos gerados pelas políticas de privacidade da Apple (BVMF:AAPL34)(NASDAQ:AAPL) e se favorecendo do calendário de eventos, que inclui a Copa do Mundo da FIFA e as eleições nos EUA)", escreveu Sheridan em nota aos clientes.
Em relação a empresas individuais, Sheridan está mais otimista com a Meta Platforms (BVMF:M1TA34)(NASDAQ:META), em razão da “maior desconexão em termos de risco/retorno” nas ações.
“Notícias sobre comunicações internas indicam que a gerência reconheceu a possibilidade de um ambiente operacional volátil no futuro e parece estar ajustando a cadência de gastos operacionais e de capital (de forma a proteger os resultados nos próximos 6-12 meses). Continuamos vendo um sólido crescimento para Instagram, maior otimismo em termos de engajamento e potencial de monetização para Reels a partir de 2023 e um interessante valuation (~7x VE/’23 GAAP EBITDA) em comparação com as expectativas de crescimento”, complementou o analista.
Além disso, Sheridan demonstrou otimismo com a Alphabet (BVMF:GOGL35) (NASDAQ:GOOGL), já que a fraqueza no YouTube pode ser “mais bem compreendida” do que antes enquanto as tendências de Busca apontam para um vigor contínuo.
“Olhando além da dinâmica de curto prazo da correlação de Busca com receita operacional e ciclos de investimento, ainda consideramos que o GOOGL (agora negociado a ~12x EV/’23 GAAP EBITDA) desconta o potencial de médio/longo prazo para um sólido crescimento composto, prejuízos operacionais em Cloud e outras apostas que geram mais LPA positivo e níveis elevados de retornos ao acionistas por parte da gerência da companhia”, concluiu Sheridan.