WASHINGTON/SÃO FRANCISCO (Reuters) - O Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), forneceu detalhes sobre suas políticas para extensões de terceiros no Gmail, mas se esquivou das perguntas dos senadores dos Estados Unidos sobre desenvolvedores que violaram as regras da empresa para monitoramento dos emails.
A forma como os dados de usuários fluem entre grandes plataformas de tecnologia e seus parceiros tem enfrentado escrutínio em todo o mundo este ano, desde que o Facebook (NASDAQ:FB) revelou que havia feito pouco para monitorar tais relacionamentos.
O Google disse em uma carta aos senadores norte-americanos divulgada nesta quinta-feira que se baseia em varreduras automatizadas e relatórios de pesquisadores de segurança para monitorar extensões após seu lançamento, mas não respondeu ao pedido dos legisladores para dizer quantos foram flagrados violando as políticas da empresa.
Os senadores podem cobrar maior clareza sobre as operações do Gmail em uma audiência da Comissão de Comércio sobre as práticas de privacidade das empresas de tecnologia marcada para 26 de setembro com funcionários do Google, Apple (NASDAQ:AAPL), AT&T e Twitter (NYSE:TWTR).
O Google não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário.
Os usuários do Gmail devem dar seu consentimento para ativar extensões, que podem ajudar a enviar emails com atraso, obter descontos com varejistas e remover listas de discussão indesejadas.
De acordo com as políticas do Google, as empresas de software que criam essas extensões devem informar os usuários sobre como coletam e compartilham dados do Gmail.
O inquérito dos legisladores veio depois que o Wall Street Journal publicou em julho que alguns desenvolvedores não deixaram claro para os usuários que seus funcionários poderiam revisar as mensagens do Gmail e que seus dados poderiam ser compartilhados com terceiros.
Especialistas em software disseram à Reuters em março que a auditoria de aplicativos que interagem com o Gmail, o Facebook e outros serviços é negligente.
O Google disse aos senadores que suspendeu extensões em razão da "falta de transparência para os usuários", sem identificar os infratores ou quando as ações de fiscalização ocorreram.
(Por David Shepardson e Paresh Dave)