Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - As ações da Intelbras (SA:INTB3) chegaram a disparar 13% nesta terça-feira, um dia após reportar balanço trimestral, renovando cotação recorde na bolsa e ampliando a valorização em relação ao preço definido no IPO no começo de fevereiro.
Às 16:05, os papéis da fabricante de câmeras e equipamentos de segurança eletrônica e comunicação subiam 9,95%, a 20,99 reais, tendo alcançado 21,58 reais na máxima (+13,04%).
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, mas que não tem as ações da Intelbras em sua composição, recuava 1%.
De acordo com dados divulgados na noite de segunda-feira, o lucro líquido no quarto trimestre foi de 206,7 milhões de reais, alta de 190% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita operacional líquida cresceu quase 40%.
O resultado operacional medido pelo Ebitda aumentou 43%, para 159 milhões de reais, e a margem Ebitda passou para 23,7%, de 17,4% um ano antes. O retorno sobre o capital investido anualizado (Roic) subiu 23,9 pontos, para 54,9%.
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"Não podíamos esperar uma estreia melhor, exibição notável", afirmaram analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) sobre o balanço, o primeiro a ser divulgado após a listagem da empresa na B3 (SA:B3SA3).
"Os resultados fortes reforçam nosso otimismo com o nome. Vemos Intelbras negociando com um (múltiplo de preço/lucro) PE de 18,8 vezes para 2021, um 'valuation' muito bom para uma empresa que cresce consistentemente 20% ao ano e com 30-40% de Roic."
Em relatório a clientes, a equipe do BTG estimou que a Intelbras passará por um processo de 're-rating' à medida que a empresa constrói seu histórico como uma empresa listada.
A companhia precificou oferta inicial de ações a 15,75 reais por papel na primeira semana de fevereiro, levantando 724,5 milhões de reais, que prevê gastar em aquisições e expansão de capacidade industrial, entre outros.
O BTG Pactual foi um dos coordenadores do IPO, com o sindicato de bancos incluindo ainda Citi, Itaú BBA e Santander Brasil (SA:SANB11).
Nem no pior momento desde então, quando o papel chegou a cair a 16,26 reais durante o pregão do dia 10 de março, a cotação ficou abaixo da precificação do IPO.