RIO DE JANEIRO (Reuters) - A operadora Oi disse nesta quinta-feira que até o momento não há qualquer definição ou acordo sobre uma eventual compra da TIM Participações, para a qual contratou o banco BTG Pactual como comissário, nem sobre eventual venda de ativos na África e em Portugal.
Em ofício à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa reiterou que contratou o banco para "viabilizar proposta para a aquisição da participação da Telecom Italia na TIM".
"Nesse sentido, o BTG Pactual tem mantido conversas com terceiros com relação a uma possível operação, dentre os quais foram mantidos contatos com a América Móvil, controladora da operadora Claro", reiterou a empresa, completando que há ainda contato com outros participantes do mercado.
De acordo com a empresa, "até esta data, não há qualquer definição ou acordo com relação a uma estrutura para a operação, e não foram assinados quaisquer instrumentos ou propostas visando a uma operação".
Depois de a Oi ter anunciado em agosto a contratação do BTG Pactual para uma eventual oferta pela TIM, fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters no início de outubro que a operadora controlada pela Telecom Italia havia contratado o banco de investimento do Bradesco para analisar uma oferta pela Oi.
Sobre os ativos da Oi na África, a empresa reforçou que procura interessados em sua aquisição, mas que também, até o momento, não há qualquer acordo.
Em relação aos ativos de Portugal, a empresa disse que o BTG Pactual foi contatado por diversos interessados, dentre os quais a Altice, holding europeia apoiada pelo bilionário do setor a cabo Patrick Drahi.
"A companhia esclarece que até a presente data, não recebeu qualquer proposta de alienação, com indicação de valores ou não, de suas atividades em Portugal e que não existe decisão visando à alienação de tais atividades, ou de seus ativos em Portugal", declarou.
(Por Luciana Bruno, edição de Marcela Ayres)