👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Para reguladores bancários, gigantes da tecnologia são agora grandes demais para quebrar

Publicado 20.08.2021, 15:09
© Reuters. Logos de gigantes da tecnologia em aplicativos de celular 
03/12/2019
REUTERS/Regis Duvignau
MSFT
-
GOOGL
-
AMZN
-
GOOG
-
AMZO34
-
MSFT34
-
GOGL35
-

Por Iain Withers e Huw Jones

LONDRES (Reuters) - Mais de uma década depois da crise financeira, órgãos reguladores estão assustados mais uma vez que algumas empresas no coração do sistema financeiro sejam grandes demais para falir. Mas elas não são bancos.

Desta vez, são as gigantes de tecnologia, incluindo Google (NASDAQ:GOOGL), Amazon (NASDAQ:AMZN) e Microsoft (NASDAQ:MSFT), que hospedam operações bancárias, de seguros e mercados cada vez maiores em suas vastas plataformas de internet por nuvem, que estão impedindo que os órgãos supervisores durmam à noite.

Fontes de banco central disseram à Reuters que a velocidade e a escala com as quais instituições financeiras estão transferindo operações críticas, como sistemas de pagamento e internet banking, para a nuvem é uma mudança drástica aos potenciais riscos.

“Estamos apenas no começo da mudança de paradigma, portanto precisamos assegurar que temos uma solução adequada”, disse um regulador financeiro de um país do G7.

É o último sinal de como reguladores financeiros estão se juntando a seus correspondentes em dados e concorrência para analisar mais de perto a influência global das Big Tech.

Bancos e empresas de tecnologia avaliam que o uso maior da computação em nuvem é bom para todos os lados porque resulta em serviços mais rápidos e mais baratos que são mais resistentes a hackers e interrupções.

Mas fontes regulatórias afirmam que têm medo que uma falha em uma empresa de nuvem possa derrubar serviços-chave em vários bancos e países, impedindo que consumidores façam pagamentos ou acessem serviços e minando a confiança no sistema financeiro.

A Departamento do Tesouro dos EUA, a União Europeia, o Banco da Inglaterra e o Banco da França estão entre as entidades que reforçam o escrutínio à tecnologia da nuvem para mitigar os riscos de bancos dependendo de pequenos grupos de empresas de tecnologias e empresas que ficam “presas” a um provedor de nuvem, ou excessivamente dependentes dele.

“Estamos muito alertas ao fato de que coisas vão falhar”, disse Simon McNamara, diretor-administrativo do banco britânico NatWest. “Se 10 organizações não estão preparadas e estão conectadas em um provedor que desaparece, então todos nós temos um problema.”

O Banco Central Europeu, que regula os maiores credores da zona do euro, afirmou na quarta-feira que o gasto do banco em computação de nuvem cresceu em mais de 50% em 2019 em relação a 2018.

E esse é apenas o começo. O gasto de bancos com serviços de nuvem globalmente deve mais do que dobrar, para 85 bilhões de dólares em 2025, de 32,1 bilhões em 2020, segundo dados que a empresa de pesquisas em tecnologia IDC compartilhou com a Reuters.

Reguladores temem que falhas na nuvem possam fazer com que sistemas bancários caiam e impeçam pessoas de acessar seu dinheiro, mas dizem que têm pouca visibilidade sobre os provedores de nuvens.  

© Reuters. Logos de gigantes da tecnologia em aplicativos de celular 
03/12/2019
REUTERS/Regis Duvignau

Mês passado, o Banco da Inglaterra afirmou que as grandes empresas de tecnologia poderiam ditar os termos e condições para empresas financeiras e não estavam sempre fornecendo informações suficientes para que seus clientes monitorassem o risco - e que o “mistério” tinha que terminar.

Bancos e empresas de tecnologia contestam a indicação de que a adoção mais ampla da nuvem está tornando a infraestrutura do sistema financeiro inerentemente mais arriscado.

(Reportagem adicional de Michelle Price em Washington e Francesco Canepa em Frankfurt)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.