(Reuters) - A produção global de smartphones deve cair um recorde de 16,5%, para 287 milhões de unidades neste segundo trimestre em relação ao ano anterior, com a pandemia de coronavírus atingindo a demanda, informou a TrendForce, apesar das cadeias de fornecimento terem sido retomadas após semanas de paralisação.
Samsung e Apple (NASDAQ:AAPL) manterão suas posições de primeiro e terceiro lugar no ranking, mas espera-se que ambas percam participação de mercado para as rivais chinesas, informou a empresa de pesquisa de mercado nesta quinta-feira.
Isso ocorre após uma queda de 10% na produção mundial no primeiro trimestre, quando a pandemia se espalhou e atingiu o pico na China antes de varrer a Europa e os Estados Unidos.
A TrendForce reduziu sua previsão de produção anual para 1,24 bilhão de smartphones, queda de 11,3% em relação a 2019, de 1,35 bilhão de unidades.
"A pandemia agora está causando efeitos no lado da demanda do mercado de smartphones, afetando as principais economias do mundo", disse o TrendForce.
O TrendForce estima que a produção do iPhone caiu quase 9%, para cerca de 38 milhões de unidades no trimestre encerrado em março, e espera uma queda adicional de 2 milhões de unidades no trimestre atual.
A participação de mercado da Apple cairá para 12,6% neste trimestre, ante 13,5% no último, enquanto a da Samsung diminuirá 3 pontos percentuais, para 20,3%, no segundo trimestre, segundo a TrendForce.
"As marcas chinesas estão exercendo pressão contínua sobre a Samsung nos mercados do sudeste asiático e indiano a cada dia", acrescentou a empresa.
A Huawei, que viu o crescimento da receita desacelerar acentuadamente no primeiro trimestre, deve produzir cerca de 48 milhões de telefones no trimestre para atender à recuperação da demanda doméstica, um aumento de 2 milhões em relação ao primeiro trimestre, afirmou o TrendForce.
(Por Sayantani Ghosh em Cingapura)