Por Dustin Volz e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar um decreto presidencial de cibersegurança nesta terça-feira, disseram fontes a par da situação, na primeira ação do republicano para tratar do que classificou como uma prioridade máxima do governo.
O decreto deve encomendar várias revisões diferentes das ferramentas cibernéticas ofensivas e defensivas do governo, de acordo com as fontes, uma das quais informada sobre um esboço do decreto que circulou na semana passada.
A medida deve ocorrer na esteira de uma campanha presidencial dominada por manchetes frequentes relacionadas à cibersegurança, incluindo a invasão e subsequente vazamento de emails do Partido Democrata, parte do que agências de inteligência dos EUA determinaram ser uma operação de influência de grande envergadura concebida para ajudar Trump a conquistar a Casa Branca e denegrir sua então adversária, a democrata Hillary Clinton.
Trump passou meses se recusando a aceitar as conclusões das agências, segundo as quais a Rússia foi a responsável pela operação, até dizer em uma coletiva de imprensa no dia 11 de janeiro que, "no que diz respeito às invasões, acho que foi a Rússia".
Em sua resposta, o então presidente eleito Trump desconversou dizendo que "nós também somos hackeados por outros países, e outras pessoas", ao mesmo tempo prometendo realizar uma revisão das vulnerabilidades de todo o governo a ataques cibernéticos.
O decreto também deve dar início a uma auditoria das ferramentas cibernéticas de várias agências federais, buscar contribuições sobre maneiras de aprimorar as proteções para infraestrutura crítica e analisar os esforços governamentais para atrair e treinar uma mão de obra tecnicamente sofisticada, de acordo com duas das fontes a par do esboço, publicado primeiramente pelo jornal Washington Post.
O esboço do decreto também propõe formas de dar incentivos para que o setor privado adote medidas de segurança fortes.