Por Aislinn Laing e Felipe Iturrieta
SANTIAGO (Reuters) - Nove aviões foram forçados a fazer mudanças de emergência em suas rotas dentro dos espaços aéreos de Chile, Argentina e Peru, na quinta-feira, devido a ameaças de bombas feitas à agência de aviação civil chilena, disse o diretor-geral da agência a jornalistas.
Ao menos dois dos aviões eram operados pela Latam Airlines (SN:LTM) e três pela companhia chilena de baixo custo Sky, confirmaram as companhias.
O diretor-geral da agência de aviação civil do Chile (DGAC), Victor Villalobos Collao, disse que no total 11 ameaças foram feitas na quinta-feira, sendo duas "fictícias" e nove relacionadas a voos reais.
Todos os aviões foram declarados livres de explosivos, e ao menos uma aeronave pôde retomar seu voo, disse.
Segundo Collao, ligações advertindo sobre bombas a bordo dos aviões foram feitas aos escritórios da Latam e à agência de aviação civil do Chile, e a polícia está agora tentando rastrear sua origem.
"Nós sempre temos uma ou duas malas abandonadas, isso é normal", disse a jornalistas em coletiva de imprensa no aeroporto de Santiago. "Mas esse é um caso totalmente excepcional".
Quatro dos aviões tinham a capital chilena como origem ou destino, acrescentou a DGAC em comunicado.
Um dos voos, o Sky 162, decolou do aeroporto Arturo Merino Benítez, em Santiago, com destino a cidade de Antofagasta (LON:ANTO), no norte do Chile, mas foi instruído a retornar à capital chilena, segundo o comunicado.
O voo 2369 da Latam, que decolou de Lima a caminho de Santiago, foi forçado a aterrissar na cidade peruana de Pisco, acrescentou.
O Ministério de Transportes do Peru disse que ninguém ficou ferido e que uma equipe responsável por desativar explosivos foi notificada. "Agora, a situação está sob controle", disse em publicação no Twitter.
A polícia do Chile não respondeu a pedido por comentário.
(Reportagem de Aislinn Laing e Felipe Iturrieta)