LONDRES (Reuters) - Depois de conquistar um Oscar pelo filme espacial "Gravidade", o diretor Alfonso Cuarón decidiu contar uma história pessoal comovente em sua produção seguinte, "Roma", refletindo sobre suas lembranças de infância na Cidade do México.
O filme em preto e branco e em espanhol, que transcorre no México dos anos 1970 e se refere a um bairro da capital, se concentra em um lar, mais exatamente nas mulheres que criaram Cuarón.
"O filme foca na vida de Cleo, que é uma empregada doméstica em uma casa", disse Cuarón à Reuters enquanto divulgava o título em Londres no mês passado.
"Mas na verdade é a história de um dos seres humanos que mais amo. Uma das mulheres que me criaram".
O filme do Netflix (NASDAQ:NFLX), que venceu o Leão de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Veneza e está sendo cotado para o Oscar, é um retrato íntimo de mulheres fortes e resistentes.
"Esta é minha experiência... das mulheres que me criaram. Não sei se este filme tentou fazer declarações", disse Cuarón. "É mais uma abordagem desta família e destas pessoas".
"Roma", que está sendo exibido em alguns cinemas antes de estrear no serviço de streaming no mês que vem, é o primeiro dirigido por Cuarón desde que recebeu o Oscar de melhor diretor por "Gravidade", estrelado por George Clooney e Sandra Bullock, em 2013.
Indagado se sentiu pressão ao filmar depois daquele triunfo, ele respondeu: "Você não pensa em termos de pressão, só faz seja lá o que for que acha que é a coisa certa a fazer".
(Por Jayson Mansaray)