Noele Illien
ZURIQUE (Reuters) - Os eleitores suíços aprovaram neste domingo a introdução de um imposto mínimo global sobre as empresas e uma lei climática que visa reduzir o uso de combustíveis fósseis e zerar emissões até 2050, informou a emissora pública SRF.
Os resultados mostraram que quase 80% dos que votaram no referendo nacional de domingo apoiaram o aumento do imposto sobre corporações do país para a alíquota mínima global de 15%, ante o mínimo atual de 11%, um endosso excepcionalmente forte.
"Isso garante que a Suíça não perderá nenhuma receita tributária para países estrangeiros", disse a ministra das Finanças, Karin Keller-Sutter. "Além disso, também criará segurança jurídica e uma estrutura estável."
A lei do clima também foi aprovada, recebendo o apoio de 59% dos eleitores.
Em 2021, a Suíça juntou-se a quase 140 países que assinaram um acordo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para estabelecer uma alíquota mínima de imposto para grandes empresas, uma medida que visa limitar a prática de transferência de lucros para países com alíquotas mais baixas.
Mesmo com o aumento, a Suíça ainda terá um dos menores impostos corporativos do mundo, e a proposta, estimada em 2,5 bilhões de francos suíços (2,80 bilhões de dólares) por ano em receita adicional, foi apoiada por grupos empresariais, a maioria dos políticos partidos e o público.