Por Brendan Pierson e Karen Freifeld
NOVA YORK (Reuters) - Autoridades norte-americanas reuniram informações sobre a Huawei por meio de uma vigilância secreta que planejam usar no caso, acusando a empresa de telecomunicações chinesa de violar as sanções contra o Irã, disseram os promotores nesta quinta-feira.
O procurador-assistente dos EUA, Alex Solomon, disse em uma audiência em um tribunal federal no Brooklyn que as provas, obtidas sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira dos EUA (FISA), exigiriam tratamento confidencial. As informações coletadas sob a FISA são geralmente usadas em casos de espionagem.
O governo notificou a Huawei em um processo judicial nesta quinta-feira de sua intenção de usar a informação, dizendo que ela foi "obtida ou derivada de vigilância eletrônica e busca física", mas não deu detalhes.
Os Estados Unidos têm pressionado outros países a retirar a Huawei de suas redes celulares, preocupados que seu equipamento possa ser usado por Pequim para espionagem. A empresa diz que as preocupações são infundadas.
No caso no tribunal do Brooklyn, a Huawei e sua vice-presidente financeira, Meng Wanzhou, são acusados de conspirar para fraudar o HSBC Holdings (LON:HSBA) e outros bancos por deturpar o relacionamento da Huawei com a Skycom Tech, uma empresa de fachada suspeita que operava no Irã.
A Huawei não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Autoridades norte-americanas afirmam que a Huawei usou a Skycom para obter bens, tecnologia e serviços norte-americanos embargados no Irã e para movimentar dinheiro por meio do sistema bancário internacional. 2019-04-04T182640Z_1_LYNXNPEF331S4_RTROPTP_1_HUAWEI-EUA-VIGILANCIA.JPG