Por Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - O Exército dos Estados Unidos defendeu uma funcionária do Cemitério Nacional de Arlington que foi empurrada durante uma visita do ex-presidente Donald Trump ao local, dizendo que ela agiu profissionalmente e está sendo atacada injustamente. Os militares raramente comentam assuntos políticos e, embora o comunicado desta quinta-feira não tenha mencionado Trump explicitamente, referiu-se à cerimônia ocorrida na segunda-feira. Nesse dia, Trump visitou o cemitério e participou de uma cerimônia para colocar coroas de flores em honra a 13 mortos durante a retirada dos EUA do Afeganistão, em 2021. Ele também visitou a Seção 60 do cemitério, onde os soldados são enterrados. Esse local é considerado sagrado para os militares. Uma lei federal e políticas do Pentágono não permitem atividades políticas nessa seção, mas vídeos para a campanha de Trump foram gravados ali e usados em propagandas do candidato republicano na eleição deste ano.
"A funcionária do ANC (Cemitério Nacional de Arlington) que tentou garantir o cumprimento dessas regras foi abruptamente empurrada", afirmou o Exército em comunicado.
"Esse incidente foi lamentável, e também foi lamentável que a funcionária do ANC e seu profissionalismo estejam sendo injustamente atacados." Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, afirmou: “O fato é que um fotógrafo particular pôde entrar no local e, por alguma razão, um indivíduo não identificado, claramente sofrendo de um problema de saúde mental, decidiu bloquear fisicamente os membros da equipe do presidente Trump durante uma cerimônia muito solene".
(Reportagem de Idrees Ali)