(Reuters) - A junta de Mianmar declarou lei marcial em uma cidade do Estado de Chin, culpando "terroristas armados" por ataques a uma delegacia de polícia e um banco, noticiou a mídia estatal nesta sexta-feira em meio a um aumento de combates entre os militares e rebeldes étnicos em áreas de fronteira.
Diante da oposição generalizada, a junta tem mostrado dificuldade para manter a ordem em meio a protestos diários em cidades e combates em Estados fronteiriços desde que depôs a líder eleita Aung San Suu Kyi para coibir passos relutantes rumo à democracia.
Os tumultos na cidade de Mindat na quarta e quinta-feiras envolveram cerca de 100 pessoas que usaram armas caseiras para atacar uma delegacia de polícia e cerca de 50 que visaram o Banco Econômico de Mianmar, relatou a estatal Agência de Notícias de Mianmar.
A agência ainda disse que as forças de segurança repeliram o ataque sem sofrer nenhuma baixa.
Um documento que declarou a imposição da lei marcial na cidade do Estado de Chin, que faz divisa com a Índia, foi publicada no jornal estatal The Global New Light (SA:LIGT3) of Myanmar.
A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente as reportagens da mídia estatal sobe a situação em Mindat.
Mas um documento publicado pela mídia local nas redes sociais que se afirma ser de um governo rival anti-junta da área de Mindat disse que a declaração de lei marcial não tem validade e que os combates foram desencadeados porque o Exército descumpriu a promessa de soltar sete civis detidos durante protestos recentes.
(Da redação da Reuters)