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Por Alexander Cornwell
TEL AVIV (Reuters) - Militares israelenses disseram a palestinos na Cidade de Gaza que deixassem o local e fossem para o sul neste sábado, antes de bombardearem um arranha-céu, enquanto suas forças avançam mais profundamente na maior área urbana do enclave.
As forças israelenses vêm realizando uma ofensiva nos subúrbios do norte da cidade há semanas, depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou que os militares a capturassem.
Netanyahu diz que a Cidade de Gaza é um reduto do Hamas e que sua captura é necessária para derrotar os militantes islâmicos palestinos, cujo ataque a Israel em outubro de 2023 desencadeou a guerra.
O ataque ameaça deslocar centenas de milhares de palestinos que estão abrigados lá por causa de quase dois anos de combates. Antes da guerra, cerca de um milhão de pessoas, quase metade da população de Gaza, vivia na cidade.
O porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, escreveu no X que os residentes deveriam deixar a cidade para uma área costeira designada de Khan Younis, no sul de Gaza, assegurando aos que estão fugindo que lá poderiam receber alimentos, cuidados médicos e abrigo.
A área designada era uma "zona humanitária", disse Adraee.
Os militares também emitiram os chamados "avisos de evacuação" para os civis em determinadas áreas da cidade, avisando que estavam prestes a realizar ataques.
Posteriormente, os militares bombardearam um arranha-céu na Cidade de Gaza que, segundo eles, estava sendo usado pelo Hamas, sem fornecer provas que sustentassem a afirmação. O governo israelense disse que os civis foram avisados com antecedência.
Não ficou imediatamente claro se houve vítimas.
Antes do ataque, as autoridades de saúde de Gaza informaram que pelo menos 23 palestinos haviam sido mortos neste sábado, incluindo pelo menos 13 na área da Cidade de Gaza.
Na sexta-feira, os militares israelenses bombardearam outro arranha-céu que, segundo eles, também estava sendo usada pelo Hamas.
Na quinta-feira, os militares disseram que tinham controle sobre quase metade da Cidade de Gaza. O governo israelense afirma que controla cerca de 75% de toda a Faixa de Gaza.
Muitos dos habitantes da Cidade de Gaza foram desalojados no início da guerra e depois retornaram. Alguns residentes disseram que se recusam a ser deslocados novamente.
(Reportagem de Alexander Cornwell em Tel Aviv, reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi no Cairo)
((Tradução Redação São Paulo))
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