WASHINGTON (Reuters) - Apenas alguns dias depois de assumir o controle da poderosa gigante de mídia social Twitter (BVMF:TWTR34), o bilionário Elon Musk recomendou nesta segunda-feira que os eleitores escolham candidatos republicanos para o Congresso nas eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, que acontecem na terça-feira.
Musk, que também é CEO da Tesla (BVMF:TSLA34)(NASDAQ:TSLA), tem enfrentado críticas de alguns grupos por sua postura absolutista em relação à liberdade de expressão. Eles acreditam que sua posição aumente o volume de desinformação e discurso de ódio na plataforma.
O tuíte desta segunda-feira significa o primeiro endosso explícito a um partido político dos EUA por um chefe de uma grande plataforma de mídia social.
Musk dirigiu sua mensagem no Twitter para o que chamou de “eleitores de mentalidade independente”, escrevendo: “O poder compartilhado restringe os piores excessos de ambos os partidos, portanto, recomendo votar em um Congresso republicano, já que a Presidência é democrata”.
Os democratas, do presidente Joe Biden, enfrentam uma dura batalha para manter o controle do Congresso na votação de terça-feira.
Previsões eleitorais e pesquisas não partidárias sugerem que os republicanos têm uma chance muito forte de conquistar a maioria na Câmara dos Deputados, com o controle do Senado provavelmente mais disputado.
“Democratas ou republicanos linha dura nunca votam no outro lado, então os eleitores independentes são os que realmente decidem quem está no comando!”, acrescentou Musk no Twitter, que ele comprou no final do mês passado.
Musk já havia dito que vota nos republicanos, mas diz que apoia os moderados em ambos os partidos.
Em abril, Musk disse que para "o Twitter merecer a confiança do público, ele deve ser politicamente neutro, o que efetivamente significa perturbar a extrema direita e a extrema esquerda igualmente".
Musk faz comentários frequentes sobre a política dos EUA. Ele disse anteriormente que estava inclinado a apoiar o governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, para presidente em 2024 e que o ex-presidente Donald Trump era velho demais para servir como presidente novamente.
(Reportagem de Scott Malone, Rami Ayyub, Kenneth Li e Kanishka Singh)