BOGOTÁ (Reuters) - A suspensão das operações de bombeamento no oleoduto Cano Limon-Covenas, na Colômbia, será prolongada depois que um novo ataque a bomba danificou sua infraestrutura na província de Arauca, disse a empresa de transporte de petróleo Cenit.
O ataque, o nono neste ano, ocorreu na quinta-feira no município de Saravena, levando a empresa a ativar seu plano de contingência de emergência para controlar o subsequente derramamento de óleo e mitigar a poluição, disse a Cenit, subsidiária da petrolífera estatal colombiana Ecopetrol.
"A empresa pede à comunidade próxima que se abstenha de se aproximar do local do incidente até que a operação de avaliação, reparo e limpeza esteja concluída", disse o Cenit em comunicado na noite de quinta-feira.
Os militares da Colômbia estão trabalhando para proteger a área, acrescentou Cenit.
O bombeamento ao longo do oleoduto está suspenso desde 14 de abril devido a outros ataques, disse um porta-voz do Cenit, acrescentando que o reinício das operações dependerá da capacidade dos militares de proteger a área onde ocorreram os ataques enquanto os reparos continuam.
O Cenit não atribuiu o ataque a nenhum grupo em particular, mas guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das FARC que rejeitam um acordo de paz de 2016 com o governo operam na área, segundo os militares.
O oleoduto Cano Limon-Covenas, que pode transportar até 210.000 barris de petróleo por dia e corre ao longo da fronteira norte da Colômbia com a Venezuela, foi atacado 13 vezes no ano passado, levando a incêndios e contaminação da área circundante.
Não foi possível estabelecer de imediato como a suspensão do bombeamento de petróleo afetou a produção dos campos petrolíferos da província colombiana de Arauca, incluindo os pertencentes às empresas privadas SierraCol e Parex.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)