Boom das criptos: quais ações do setor podem surpreender na alta?
Investing.com — A Fitch Ratings revisou a perspectiva do Rating de Inadimplência do Emissor (IDR) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira de Ruanda de estável para negativa, enquanto manteve a classificação 'B+'. A revisão reflete o aumento dos riscos ao financiamento externo e a escalada das tensões regionais, entre outros fatores.
O conflito crescente no leste da República Democrática do Congo (RDC) pode limitar significativamente o acesso de Ruanda a financiamento externo concessional, potencialmente impactando métricas externas e fiscais, além do crescimento econômico. Subsídios e empréstimos concessionais do setor oficial, que representam cerca de US$ 1 bilhão por ano, são uma fonte significativa de receita governamental para Ruanda, contribuindo com aproximadamente 7,0% do PIB em 2025 e 2026.
A recente escalada da ação militar pelo grupo rebelde paramilitar congolês M23 levou a uma reação negativa dos doadores. Como resultado, o Reino Unido pausou a ajuda bilateral e a Alemanha suspendeu novos auxílios financeiros a Ruanda. Os EUA e o Canadá impuseram restrições à exportação e sanções a funcionários ruandeses, e o governo de Ruanda encerrou a ajuda bilateral e as relações diplomáticas com a Bélgica.
Apesar das negociações em andamento para um cessar-fogo entre Ruanda e a RDC, mediadas pelo Catar, o sucesso dessas conversas permanece incerto. Cessar-fogos anteriores em 2023 e 2024 não resultaram em uma suspensão duradoura do conflito.
A dívida do governo de Ruanda subiu para 77,8% do PIB em 2024, acima dos 72,8% em 2023, impulsionada por um amplo déficit fiscal, depreciação da taxa de câmbio e aumento nos depósitos. A Fitch espera que a relação dívida/PIB se estabilize em torno de 81% até 2026.
A classificação 'B+' de Ruanda reflete seu baixo PIB per capita, alto endividamento público e externo, e déficits gêmeos orçamentário e em conta corrente. Essas fraquezas são contrabalançadas pela natureza altamente concessional da dívida do país, fortes indicadores de governança em relação aos pares, alto potencial de crescimento a médio prazo e um histórico de forte apoio financeiro e técnico oficial.
O crescimento real do PIB aumentou para 8,9% em 2024, acima dos 8,2% em 2023, impulsionado por forte investimento público e estrangeiro e consumo doméstico robusto. A Fitch prevê que o crescimento real do PIB terá média de 7% entre 2025-2026, apoiado pela construção do aeroporto de Bugesera, menor inflação e dinâmica forte do mercado de trabalho.
A Fitch projeta que o déficit fiscal diminuirá para 5,9% do PIB no ano fiscal que termina em junho de 2025 e para 4,3% no ano fiscal de 2026, contra 6,4% no ano fiscal de 2024. Espera-se que a receita do governo permaneça praticamente inalterada, já que novas medidas fiscais compensarão o declínio nos subsídios.
O déficit em conta corrente (DCC) de Ruanda ampliou-se para um valor estimado de 13,0% do PIB em 2024, impulsionado por uma alta conta de importações. A Fitch espera que o DCC diminua para 12,2% e 11,2% do PIB em 2025 e 2026, respectivamente, devido em parte à redução nas importações de alimentos e combustíveis e à diminuição dos gastos de capital.
Fatores que poderiam levar a um rebaixamento incluem uma queda significativa nos subsídios e/ou desembolsos externos concessionais, levando a pressões sobre as finanças externas, ou falha em estabilizar a relação dívida/PIB do governo em ou próximo aos níveis atuais no médio prazo. Por outro lado, redução das incertezas em relação às fontes de financiamento externo ou uma redução material na relação dívida/PIB do governo poderia levar a uma ação de classificação positiva.
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.