Por Tom Balmforth
MOSCOU (Reuters) - Um piloto russo que pousou um avião de passageiros em um campo de milho após atingir um bando de pássaros disse que não é um herói, apesar de ter sido louvado pelo Kremlin após salvar as vidas de 233 pessoas.
A imprensa russa disse que é um milagre ninguém ter morrido quando o Airbus 321 da Ural Airlines fez um pouso forçado na quinta-feira nos arredores de Moscou, menos de dois minutos depois de ter decolado do Aeroporto Internacional Zhukovsky.
"Eu fiz o que eu tive que fazer", disse Damir Yusupov, o capitão que pilotava a aeronave no pouso de emergência. "Salvei o avião, os passageiros, e a tripulação. Eu acho que foi a única decisão. Eu não acho que eu seja um herói".
"Não houve medo ou terror", disse o piloto, segundo a agência de notícias Interfax.
O avião levava 233 pessoas que viajavam para Simferopol, na Crimeia. Mais de 70 passageiros foram atendidos por ferimentos após a aterrisagem de emergência, mas não houve vítimas fatais. O Kremlin louvou os pilotos pelo manuseio da aeronave e prometeu lhes conceder premiações.
Um segundo piloto, Georgy Murzin, recebia tratamento em um hospital na sexta-feira por traumas no tórax, reportou a agência de notícias RIA.
A agência reguladora de recursos naturais da Rússia disse ter identificado um depósito de lixo ilegal a aproximadamente dois quilômetros do aeroporto internacional Zhukovsky, no sudeste de Moscou, como possível lugar de onde teriam saído os pássaros que causaram o incidente.