🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

É isso mesmo, mercado?

Publicado 02.07.2024, 09:34
Atualizado 10.01.2024, 08:22
USD/BRL
-
BVSP
-

Sob o “efeito Lula”, o dólar renovou ontem o maior nível em mais de dois anos e meio, fechando em R$ 5,65. Em um efeito manada - ou seria um ataque especulativo? - a aposta dos investidores contra a valorização do real bateu novo recorde. E não se trata apenas dos estrangeiros, mas também dos locais que têm preferência por ativos externos.

Seja qual for o nome dado a esse movimento, trata-se de um montante de bilhões de dólares - mais precisamente US$ 81,9 bilhões - que flui em uma única direção. Porém, muitas vezes, é descolado da realidade. No caso, o descompasso é tanto que o mercado já fala em alta de 1,25 ponto na taxa Selic ainda neste ano - e mais 0,25 em janeiro de 2025.

Daí porque não é de hoje que surgem os alertas de que o pessimismo sem precedentes nos negócios locais é exagerado. Portanto, não se trata de uma questão binária, na qual ou o Executivo se curva ao mercado - tal qual se crê que fez o Copom em junho - ou os ruídos políticos vão continuar incomodando a ponto de ter de subir, de fato, o juro básico em breve.

Não é o caso de negar a falta de credibilidade do governo no mercado. Mas tampouco é o de chancelar o comportamento depreciado dos ativos domésticos devido aos riscos fiscais. Ainda mais, levando-se em conta os indicadores econômicos. Aliás, foi esse o argumento do ministro Fernando Haddad (Fazenda), citando o “bom desempenho da arrecadação”.

E agora, quem poderá socorrer?

Nessa queda-de-braço, o economista André Perfeito resume: “o Brasil se ‘auto feriu’ sem precisar; tropeçou sozinho mais uma vez”. E vai além: “Esta confusão irá custar uma pequena fortuna, mais uma, para todos nós”. Afinal, se o câmbio não alterar a rota, os preços devem ficar mais salgados, com a inflação pesando no bolso dos consumidores.

Mas o socorro pode vir de fora. Se aqui a bolsa brasileira está amassada, em Nova York, as ações estão muito esticadas. Em outras palavras, enquanto o Ibovespa está “barato” e dispõe de ativos capazes de garantir retorno aos investidores daqui até o fim do ano, a relação preço/lucro dos índices acionários norte-americano está muito acima da média.

Assim, enquanto se espera uma “tempestade de verão” em Wall Street neste trimestre, com uma série de razões que devem levar à retração do mercado de ações nos EUA, o espaço para novas quedas do índice da bolsa local parece limitado. Portanto, é a disparada do dólar e o prêmio embutido nos juros futuros por aqui que estão fora de ordem.

Não é à toa que os futuros amanheceram no vermelho, à espera do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (10h30) e do relatório Jolts sobre a oferta de vagas nos EUA em maio (11h). Ambos devem reforçar as chances de corte na taxa de juros norte-americana em setembro - algo que costuma ser bom para os emergentes.

Publicação Original

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.