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2016 Bateu o Recorde Mundial de Réveillons!

Publicado 03.01.2017, 06:05
Atualizado 09.07.2023, 07:32

E até que enfim 2016 se foi. O ano que durou quatro anos.

O primeiro 2016!

Este durou somente três semanas. Circuit breakers sequenciais na China trouxeram pânico aos mercados globais, promovendo um dos mais intensos selloffsda história recente. Lembro-me que no dia 05 de janeiro, ainda quando o mercado ouvia os primeiros gritos de desespero, enviamos uma carta aos nossos clientes. Ela foi chamada de “Não é o Armageddon chinês”, detalhando as razões pelas quais recomendávamos não só a calma, mas sugeríamos uma forte entrada em alguns papéis que poderiam ser muito machucados naquela irracionalidade.

Em 20 de janeiro alguém resolveu parar de apertar o botão vermelho e, ao primeiro sinal de que o verde voltaria, a manda veio atrás e todas as estratégias desenhadas ao final de 2015 tinham ido para o lixo.

E foi o primeiro réveillon do ano!

O segundo 2016

Este já foi maior. Começou em 21 de janeiro e durou até 23 de junho, data do referendo britânico que decidiu pela saída do Reino Unido da Zona do euro.

Quando chamamos o Brexit de “BR Exit” observávamos uma combinação de fatores que traria um fluxo forte de recursos ao Brasil. Bem na metade deste “segundo 2016”, em 14 de abril, a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment contra a então Presidente Dilma Rousseff.

Injeção de liquidez pelos Bancos Centrais mundo afora, mais a mudança substancial nas perspectivas para a economia brasileira, levou o índice Ibovespa dos 37.500 pontos registrados em 21 de janeiro para 51.500 pontos ao final do segundo 2016, em 23 de junho. Valorização de 37,3% no período e superando o nível da virada de 2015 para 2016, antes do terror vivido nas primeiras semanas do ano.

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A incerteza e as especulações sobre a nova realidade das economias europeias e seu potencial impacto no mundo trouxe mais um surto de insegurança, com menor intensidade, mas sem deixar de intensificar a volatilidade.

Lá se foi o segundo réveillon do ano!

O terceiro 2016

Este foi quase tão grande quanto o segundo, mas terminou com a maior das surpresas de 2016. Iniciado imediatamente pós-referendo britânico, passou pela chegada de Michel Temer ao Planalto e pela apresentação do que muitos chamaram de “dream team” para o comando da economia brasileira.

Até o anúncio da vitória de Donald Trump, a Bolsa aproveitou a tempestade perfeita às avessas para o Brasil. Foi a combinação da grande disponibilidade de recursos, taxas de juros mais atrativas do mundo ao capital especulativo e o evento “Erdogan” na Turquia, tirando um emergente da competição por este dinheiro, que acabou por levar a Bolsa neste período de 51.500 pontos para 63.300 pontos. Valorização de 26%, mesmo após o rally vivido no “segundo 2016”.

O terceiro réveillon do ano chegou com uma dose de insegurança!

O quarto (e último) 2016

O último 2016 foi movido a Buscopan, Fluoxetina e Omeprazol. Foi difícil manter a motivação dos investidores com a combinação de deterioração da atividade econômica brasileira, a frustração com o ritmo de queda dos juros e as incertezas sobre as perspectivas globais com Trump no poder.

Durante este período, o índice Ibovespa saiu dos 63.300 pontos para o patamar de fechamento do último pregão de 2016, aos 60.200 pontos. A queda no período foi de aproximadamente 5%

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Durante este período e sobre forte efeito de medicamentos, os investidores foram forçados a racionalizar sobre o que realmente esperar de 2017. Baixíssima liquidez ao final do ano com gestores segurando caixa para não expor suas performances deixaram a Bolsa sem grandes indicativos de futuro.

O quarto réveillon foi sem grandes fogos, e com Engov ao alcance da mão.

O que diz o Oráculo para 2017?

Robério de Ogum, Mãe Dinah e outros tantos charlatões já produziram previsões que desapareceram no tempo, seja pela inevitável margem de erro da futurologia ou pelo próprio absurdo da essência escolhida.

Tenho convicção (substantivo feminino que significa crença ou opinião firme a respeito de algo) que a chance de o fundamento superar o fluxo em 2017 é a maior desde que acompanho a Bolsa, a pouco mais de duas décadas.

Explico. Minério de Ferro (62%) acima de US$ 80,00 a tonelada no ponto de partida, barril do Brent acima de US$ 50,00, somado a um governo que tende a pagar prêmios menores em títulos públicos e uma taxa de juros decrescente dificilmente levarão o Ibovespa à performance similar à de 2016!

Acredito sim na possibilidade de um programa de incentivos à economia americana seguir impulsionando as commodities, mas não no mesmo nível.

As medidas microeconômicas desenhadas pelo governo brasileiro, visando apoiar a recuperação do crédito e investimento, podem reduzir a atratividade das ações dos bancos.

Esta combinação entre cíclicas e bancos é o ponto central da tese que aqui defendo.

Em 2016 o mercado comprou basicamente expectativa. Em 2017, o cobertor curto natural dos períodos de crise, vai expor aquelas companhias cujos fundamentos foram comprometidos e eventualmente os papéis sobrevalorizados.

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Aqui está a grande oportunidade. Compreender os papéis subvalorizados, de companhias que são destaques em seus respectivos setores, com estrutura de capital consistente e diferenciais competitivos será mandatório para “bater o mercado”.

Se 2016 (e seus quatro anos) foi capaz de proporcionar ganhos em massa com movimentos com característica de manada, o ano novo vai exigir dos investidores critério e equilíbrio como há muito tempo não se via.

Escrever para o Investing.com Brasil será uma das novidades do meu 2017 e espero dividir com vocês materiais não só exclusivos, mas que trazem o que representa a união dos esforços de toda a equipe Eleven Financial, materializada em artigos especiais.

Que tenhamos menos réveillons e resultados ainda melhores em 2017!

Abaixo à fluoxetina! Feliz ano novo!

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