BofA destaca cinco "riscos crescentes" que podem afetar o S&P 500
O Brasil caminha para 2026 em meio a um cenário de incertezas econômicas. Juros ainda elevados, inflação persistente e crescimento modesto compõem um quadro que exige cautela e atualização constante dos profissionais do setor financeiro. As transformações tecnológicas, regulatórias e geopolíticas também aceleram o ritmo das mudanças e aumentam a pressão por qualificação técnica e adaptabilidade.
Nesse contexto, a ANBIMA anunciou uma ampla reformulação em suas certificações de distribuição de produtos de investimento, que começa a valer em janeiro de 2026. As conhecidas CPA-10, CPA-20 e CEA serão substituídas pelas novas CPA, C-Pro R e C-Pro I. O objetivo é alinhar as certificações às competências realmente exigidas nas funções financeiras, aproximando o aprendizado do cotidiano das instituições e dos investidores.
O modelo anterior, baseado em cargos e segmentos de atendimento, dará lugar a um formato mais dinâmico, com foco em habilidades práticas e comportamentais. A atualização deixará de ser esporádica e passará a ocorrer de forma contínua, por meio de microcertificações na plataforma ANBIMA Edu. O profissional precisará comprovar aprendizado constante, acompanhando as transformações do mercado e os desafios econômicos que surgem ao longo do tempo.
Durante 2026, a ANBIMA manterá um período de transição. Quem já possui as certificações atuais continuará apto a atuar, mas deverá completar os módulos necessários para migrar ao novo sistema. A proposta é que as novas provas avaliem não apenas o domínio técnico, mas também a capacidade de aplicar o conhecimento em situações reais, interpretar cenários macroeconômicos e se comunicar de forma clara com o cliente.
Essas mudanças representam mais do que uma atualização administrativa. Elas refletem a necessidade de um novo perfil de profissional, capaz de compreender o impacto da inflação, dos juros e das políticas fiscais sobre diferentes classes de ativos, e de orientar investidores com segurança em meio à volatilidade. O setor financeiro vive um momento em que certificação e prática precisam caminhar juntas.
Antecipar-se será essencial. Quem ainda não tem certificação deve aproveitar o período atual para obter o título vigente e garantir uma transição mais tranquila. Já os profissionais certificados precisam acompanhar as novas diretrizes da ANBIMA e incorporar o hábito de atualização contínua. Em um mercado mais competitivo e exigente, o diferencial estará em quem mantém o conhecimento vivo e relevante.
As mudanças nas certificações bancárias são um reflexo direto do cenário econômico que o Brasil enfrentará em 2026. Elas reforçam uma mensagem clara: o aprendizado no setor financeiro não é um ponto de chegada, mas um processo permanente.