Agenda de hoje contempla outro dado da Inflação dos EUA e decisão do BCE

Bem-vindo à sua leitura matinal de três minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: A maioria dos principais mercados da Ásia caíram depois da inflação dos EUA em março ficar mais quente do que o esperado, alimentando preocupações de que o Federal Reserve possa manter as taxas de juros mais altas por mais tempo.

A inflação ao consumidor da China desacelerou para 0,1% em março, de 0,7% em fevereiro. Economistas esperavam que o IPC subisse 0,4% em março. O índice de preços ao produtor registou uma queda de 2,8%, em linha com as expectativas.

O Banco Popular da China estabeleceu a taxa fixa média para o yuan em 7,0968 por dólar americano, 1.654 pontos base mais forte em comparação com uma estimativa da Reuters. Esta é a maior discrepância desde que a Reuters iniciou as suas estimativas em 2018. No início da tarde em Xangai, o yuan offshore era negociado a 7,2530, depois que a China relatou uma taxa de inflação inferior ao esperado para março, destacando a fraqueza contínua na segunda maior economia do mundo. O índice Hang Seng de Hong Kong reduziu parte das perdas e fechou em baixa de 0,26%, em 17.095,03 pontos, enquanto na China continental, o índice CSI 300, que agrupa as maiores empresas listadas em Shanghai e Shenzhen, terminou ligeiramente mais baixo, em 3.504,24 pontos.

Os mercados sul-coreanos retomaram as negociações após um feriado, com o Kospi revertendo as perdas iniciais para fechar quase estável em 2.706,96 pontos. Os partidos liberais da oposição da Coreia do Sul obtiveram uma vitória esmagadora nas eleições parlamentares realizadas na quarta-feira, provavelmente prejudicando o presidente em exercício, Yoon Suk Yeol e os esforços do seu partido conservador para avançar com a sua agenda legislativa.

O Nikkei do Japão caiu 0,35%, para 39.442,63 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,44% para 7.813,60 pontos, quebrando uma seqüência de três dias consecutivos de alta. As empresas de energia contrariaram o desempenho do índice, com as ações da Woodside subindo 2,1%, a Yancoal subindo 1,8% e a Whitehaven Coal avançando 1,7%. As mineradoras também ajudaram a minimiza as perdas na bolsa local, com Pilbara Minerals subindo 2,6%, mineradora de ouro Northern Star avançando 2,4% e a produtora de terras raras Lynas Rare Earths subindo 1,5%. Entre as gigantes, BHP subiu 1,2%, enquanto Fortescue Metals (ASX:FMG) e Rio Tinto (LON:RIO) avançaram 0,6% cada.

EUROPA: Os mercados europeus caem na quinta-feira, à medida que os investidores globais digerem os dados mais recentes sobre a inflação nos EUA.

O foco dos investidores volta-se para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu nesta quinta-feira, em busca de pistas se poderá começar a cortar as taxas no verão. Espera-se que o Banco Central Europeu anuncie a manutenção nas taxas de juro na tarde de quinta-feira, ao mesmo tempo que abre caminho para um potencial corte em Junho.

A Presidente do BCE, Christine Lagarde, deu pistas durante a reunião em março de que uma medida para reduzir as taxas em Junho era uma possibilidade firme. Desde então, a inflação na zona euro caiu mais do que o esperado, atingindo 2,4% em março.

O regional Stoxx 600 cai 0,4% no final da sessão matinal. As bolsas europeias fecharam em baixa na quarta-feira, depois que os dados de inflação dos EUA para março vieram mais fortes do que o esperados.

O alemão DAX 30 cai 0,7% e o francês CAC 40 recua 0,4%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,3%. Entre as petrolíferas listadas na LSE, Anglo American (JO:AGLJ) sobe 0,1% e Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,1%. Entre as gigantes do setor, BHP cai 0,6% e Rio Tinto sobe 0,5%. A petrolífera BP sobe 1,3%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA negocia em ligeira baixa na manhã de quinta-feira, enquanto Wall Street aguarda o segundo relatório importante de inflação.

As ações entraram em liquidação na quarta-feira, com os investidores avaliando uma leitura de inflação mais quente em março que alimentou preocupações de que o Federal Reserve possa implementar menos cortes nas taxas do que o esperado. A ata da reunião do Fed no mês passado também mostrou que algumas autoridades continuam preocupadas com a trajetória teimosa da inflação ante à meta de 2% do banco central.

A leitura em que os preços ao consumidor cresceram 0,4% em março e 3,5% em relação ao ano anterior. O chamado núcleo do IPC, que exclui os preços dos alimentos e da energia, foi 0,4% superior em relação a fevereiro e 3,8% em relação ao ano anterior. Essas leituras também ficaram ligeiramente superiores ao previsto.

O economista-chefe do Goldman Sachs (NYSE:GS), Jan Hatzius, disse que o banco ajusta para dois cortes nas taxas, ante três em 2024. Ele agora vê a primeira redução nas taxas acontecendo em julho. “Estou otimista de que estamos reequilibrando o mercado de trabalho e que iremos reduzir a inflação ao longo do tempo e nenhuma dessas coisas mudou na minha visão”, disse ele na quarta-feira. “No entanto, o que mudou foi o momento do ajuste do Fed, porque isso dependerá muito mais das leituras mensais sobre a inflação, que têm sido claramente decepcionantes”.

De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, os "traders" avaliam uma chance de 17% de ocorrer um corte nas taxas em junho, significativamente menor do que antes da divulgação do IPC.

O Dow Jones liderou as perdas de quarta-feira, caindo 1,09%, fechando em 38.461,51 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,95%, em 5.160,64 pontos. O Nasdaq Composite afundou 0,84%, fechando em 16.170,36 pontos. Dez dos 11 setores do S&P 500 terminaram a sessão em território negativo, com o setor imobiliário registrando queda de mais de 4%. A taxa da nota do Tesouro de 10 anos atingiu 4,5%, enquanto o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos subiu perto de 5%.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA pouco mudam por volta das 6h00 desta quinta-feira, enquanto os investidores digerem os dados da inflação ao consumidor e consideram as perspectivas para as taxas de juros. Os rendimentos e os preços têm uma relação invertida.

Outro teste de inflação sobre os mercados ocorrerão na forma do índice de preços ao produtor de março nesta quinta-feira, às 9h30. Economistas esperam que os preços no atacado tenham crescido 0,3% em março e 0,2% excluindo alimentos e energia. Separadamente, os pedidos semanais de seguro-desemprego também serão divulgados no mesmo horário.

O início da temporada de resultados começa com os lucros dos bancos do JPMorgan (NYSE:JPM), Wells Fargo (NYSE:WFC) e Citigroup na sexta-feira.

CRIPTOMOEDAS:
Bitcoin: +1,54% US $70.077,17
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ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,40%
S&P 500: -0,46%
NASDAQ: -0,34%

COMMODITIES:
MinFe: +1,29%
Bent: -0,39%
WTI: -0,52%
Soja: -0,43%
Ouro: +0,30%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.