É impressionante como em muitas vezes o mercado financeiro com seus agentes se fixa em parâmetros tão frágeis para sustentar suas posições, afim de reviver saudosos momentos de maior estabilidade.
O principal motivo para o desempenho positivo das bolsas de valores ontem foi uma série de conversas telefônicas entre China e EUA, para tentar avançar entre os pontos mais polêmicos da guerra comercial.
Note-se que a melhora foi por este motivo e mais nada concreto em termos internacionais.
Usando um termo de mercado, a ‘bateção’ é tão grande, que a ausência de notícias negativas em um cenário com um número excessivo de variáveis consecutivas gera contextos pontuais de otimismo.
Sobre a situação China vs EUA, há uma série de pontos polêmicos que deveriam ser resolvidos em termos de bastidores, com agentes mais diplomáticos, para exatamente resolver imbróglios que superam em muito a pífia comunicação de 280 caracteres.
A China tem um passivo de propriedade intelectual enorme com os EUA e diplomaticamente, tem dificuldades em aceitar muitas vezes o acordo americano, pois soaria como admissão de culpa de um delito gravíssimo, neste atual mundo tecnológico.
Daí viria a figura diplomática (e discreta) de bastidores, para costurar alguma coisa, como uma troca de tecnologias via pesquisas universitárias, um movimento conjunto para o 5G, etc de modo a dar uma saída honrosa para ambos os lados nesta questão, ou seja, falta um ‘Harry Kissinger’ ao presidente Trump.
Localmente, o PIB acima das médias do mercado e dentro das nossas projeções reforça a premissa que observamos em diversos indicadores de um contexto de melhora, ainda que lento, da atividade no segundo trimestre, em partes pelo efeito estimulador do avanço político, após um primeiro trimestre desastroso.
Alguns dados sugerem que o terceiro pode apresentar um desempenho mais modesto, porém ainda falta medir o impacto tanto do 13º dos aposentados, como da liberação dos R$ 500 do FGTS.
Deste modo, os dados de desemprego hoje são de grande importante e cabe observar o setor público consolidado e o PCE nos EUA, após dados surpreendentes de um consumo em alta, sem inflação.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os sinais ainda positivos da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, acompanhando as altas nas bolsas americanas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, destaque ao minério de ferro em portos chineses e exceto o ouro.
O petróleo abre em queda, mas registra ganhos semanais robustos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,36%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1311 / -0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,424%
Dólar / Yen : ¥ 106,42 / 0,634%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,911%
Dólar Fut. (1 m) : 4146,95 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,58 % aa (1,27%)
DI - Janeiro 23: 6,66 % aa (1,06%)
DI - Janeiro 25: 7,14 % aa (1,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO