Duas estradas divergiam…
Duas estradas divergiam. Sobre ambas, o mesmo sol radia. Um caminho ao outro envia: é o mesmo Novo Brasil (que tanto ansiamos!) o destino.
Escolhida, a menos trilhada — coberta por folhas que pegada alguma havia manchado.
Por um lado, o mesmo (bom) fim; por outro, um trajeto potencialmente mais interessante. Seguindo no rumo certo, aproveitemos então a jornada!
De um lado, 50. Do outro, 75. A decisão do Copom de seguir o caminho menos trilhado repercute hoje em toda a curva: lá na frente, caminhos se encontram.
Expectativas adaptativas
Reconheço que estava com uma foto de Coragem, o cão covarde, pronta para usar hoje. Fica para a próxima. Ilan veio com arrojo de Johnny Bravo e — confesso! — me surpreendeu positivamente.
Dado o primeiro passo, expectativas adaptativas levam mercado a se preparar de antemão para mais 75 em fevereiro. A despeito do ritmo subsequente, há de virar consenso que assistiremos ao próximo especial do Roberto Carlos com Selic na casa dos 10 por cento ou menos.
Será interessante o próximo relatório Focus: IPCA de 2017 na meta (a quem duvidou que conseguiriam, meu abraço) e foco em repetir a dose para 2018.
Até o cachorro
“Até o cachorro do meu namorado fala coisas mais interessantes.” Palavras da Mariana que, cá do meu lado, acompanhou a coletiva de Trump ontem.
Frustrou-se quem esperava por sinais mais palpáveis de medidas econômicas por vir. Predominaram discursos genéricos e com ênfase em geopolítica — a exceção coube à indústria farmacêutica, que tremeu com críticas ferrenhas.
Pelo sim, pelo não, imprensa gringa falou mal — e os tradutores juramentados do New York Times ecoaram em nossos pasquins.
Regozijemo-nos
Difícil a vida de quem defende, do lado de lá, que os níveis da bolsa americana constituem um “novo normal”: em termos de preço/lucro, já falei esses dias. Quando o quociente é entre preço e valor patrimonial, S&P500 se aproxima da máxima desde 2007. Lembra de 2007?
Na esteira deste mesmo exame de consciência, Nova York opera em queda hoje. No front europeu, dia é sereno.
Por aqui, colhemos os frutos do Copom: bolsa em alta vigorosa, com destaque para ações sensíveis a juros. Em segundo plano, petróleo e commodities metálicas também alegram.
Trololo
Com pressões continuadas das autoridades chinesas em torno de controles de capitais mais restritivos, Bitcoin cai pouco mais de 20 por cento desde que escrevemos a respeito, no M5M de 02/01
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Muitos insistirão que esse movimento não é nada diante da valorização da cripto-moeda ao longo do ano passado. Insisto, por minha vez, no que escrevi naquela ocasião: do ponto de vista de funções de moeda e considerado seu estágio atual, o BTC não me serve.
Apanhei bastante por conta do que escrevi... um alô a todos que participaram do apedrejamento: estou com saudades já.