Após o leve estresse gerado no fim da sessão de ontem, que colecionou dois dias de fortes altas nas bolsas de valores internacionais, o Senado americano aprovou por unanimidade o pacote trilionário de ajuda ao combate às consequências do coronavírus COVID-19.
O pacote, que ainda passa por apreciação na Câmara dos Representantes, vem em um momento em que o shutdown já mostra sinais negativos na economia mundial e um importante pode vir hoje na forma dos pedidos semanais de auxílio desemprego nos EUA, o qual pode superar as já pesadas projeções no período.
Com a impossibilidade de atuação do comércio em larga escala e dos serviços, o desemprego começa a ganhar enormes proporções, como já demonstrado no Canadá, onde os pedidos de auxílio desemprego repetiram os números da Grande Depressão.
Na Irlanda, autoridades já mensuram uma elevação nas taxas de desemprego dos atuais para 18%, caso as restrições durem mais 12 semanas e o PIB pode sofrer uma contração de 7,1%.
Tais perspectivas se avolumam pelo mundo e o cenário fica a cada dia mais desafiador, onde a necessidade de um ponto de equilíbrio entre a contenção da doença e a retomada da atividade econômica devem ser alcançados o mais rápido possível.
Infelizmente, como já citamos aqui, a extrema politização do tema e o ponto de vista binário em relação a como se lidar com o shutdown cria excrecências como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dizer que o “mercado” quer o retorno das atividades para a bolsa voltar a subir.
Eis que o ridículo reducionismo atinge seu ápice por conta da disputa política arraigada desde o início desta crise.
Hoje as atenções se voltam ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central às 11:00, onde as projeções da autoridade monetária devem começar a contar com os eventos relacionados ao COVID-19 e dados “espelho” do IBC-Br de janeiro, que contava com uma reação concisa para o início de 2020.
O PIB americano, outro dado “espelho” chama a atenção, porém não faz especial diferença no atual momento, onde sequer é possível se gerar projeções criveis sobre o final de ano.
Porém, conforme citamos acima, os pedidos de auxílio desemprego podem surpreender as projeções inclusive mais pessimistas, em vista a dados regionais mais recentes.
Um mundo em plena convulsão.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelos dados de auxílio desemprego nos EUA.
Na Ásia, fechamento em queda, com realização de lucros e expectativa por dados dos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao min. de ferro.
O petróleo abre em queda, com a queda na demanda global.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0368 / -1,19 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,515%
Dólar / Yen : ¥ 110,01 / -1,025%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / -0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 4995,58 / -1,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,50 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,89 % aa (-12,09%)
DI - Janeiro 25: 7,46 % aa (-10,44%)
DI - Janeiro 27: 8,26 % aa (-9,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 7,4951% / 74.956 pontos
Dow Jones: 2,3938% / 21.201 pontos
Nasdaq: -0,4524% / 7.384 pontos
Nikkei: -4,51% / 18.665 pontos
Hang Seng: -0,74% / 23.352 pontos
ASX 200: 2,31% / 5.113 pontos
ABERTURA
DAX: -2,286% / 9648,23 pontos
CAC 40: -1,796% / 4352,72 pontos
FTSE: -1,863% / 5582,25 pontos
Ibov. Fut.: 7,07% / 74840,00 pontos
S&P Fut.: -1,885% / 2426,80 pontos
Nasdaq Fut.: -1,279% / 7377,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,67% / 63,56 ptos
Petróleo WTI: -2,53% / $24,00
Petróleo Brent: -2,88% / $26,93
Ouro: -0,50% / $1.613,87
Minério de Ferro: 0,35% / $88,77
Soja: -0,99% / $871,75
Milho: -1,00% / $344,50 $344,50
Café: -1,31% / $128,30
Açúcar: -0,26% / $11,40