Dia do Payroll chegou e todas as expectativas, cada vez mais crescentes, em relação ao indicador e a posição da autoridade monetária americana sobre o tema, em especial, frente às evidencias de inflação atual.
O mercado de trabalho em si, ainda que o último ADP negativo tenha surpreendido aos investidores, não é o problema para o Fed no curto prazo, em meio à proximidade dos índices de desemprego que antecediam a pandemia.
Janeiro conta com uma forte sazonalidade na criação de postos de trabalho e resultados fracos não são incomuns, ainda assim, o próprio governo americano já indicou que existem mais vagas em aberto do que pessoas dispostas a preenche-las, daí o menor peso dos indicadores do mercado de trabalho na decisão do FOMC.
Um Payroll mais fraco, próximo ao ADP nem de perto seria evidência suficiente para alterar o rumo dos juros nos EUA, pois o que certamente domina o cenário atual continua a ser a inflação recorde, tanto no atacado, quanto no varejo.
Momentos semelhantes nos EUA levaram ao presidente do Fed, Paul Volker a jogar os juros para 20% em 1981, para completo desgosto e desespero do recém-empossado presidente Reagan e seu reaganomics.
Powell não tem o viés e nem a vontade de lutar contra a inflação com tal ênfase como Volker o fez, portanto o processo de aperto monetário nos EUA tende a ser compassado e no ritmo usual do atual mandato, mesmo que a inflação demande uma ação mais contundente.
Em resumo, já está atrasado.
Os mercados que estressaram ontem com os resultados do Facebook (NASDAQ:FB) já se revertem em um contexto mais otimista com os resultados da Amazon (NASDAQ:AMZN), que junto à Apple (NASDAQ:AAPL) e Google (NASDAQ:GOOGL), elencam uma perspectiva ainda positiva para o setor.
O Brasil não passou incólume da correção dos ativos ontem, porém resistiu bravamente em seus ativos, onde mesmo com dólar em alta e bolsa de valores em baixa, ambos fecharam muito aquém dos picos registrados no dia.
Por fim, o período positivo para o Brasil volta a ser desafiado pela classe política, após o governo lançar uma PEC sem sentido dos combustíveis, com possível custo fiscal de R$ 54 bi e sem anuência da equipe econômica, a qual deu o péssimo sinal à classe política de que o teto seria flexível e não deve ser.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, após os resultados positivos da Amazon e Snapshat no after Market.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com o retorno de diversas praças, após o feriado do ano novo lunar e acompanhando resultados positivos de Wall St.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque ao ouro e prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, após correções recentes em meio ao possível retorno do fornecimento iraniano e o forte inverno nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2879 / 0,42 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / 0,157%
Dólar / Yen : ¥ 114,94 / -0,026%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,206%
Dólar Fut. (1 m) : 5330,39 / 0,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,91 % aa (-2,02%)
DI - Janeiro 24: 11,32 % aa (-1,31%)
DI - Janeiro 26: 10,85 % aa (-0,64%)
DI - Janeiro 27: 10,97 % aa (-0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1774% / 111.696 pontos
Dow Jones: -1,4543% / 35.111 pontos
Nasdaq: -3,7366% / 13.879 pontos
Nikkei: 0,73% / 27.440 pontos
Hang Seng: 3,24% / 24.573 pontos
ASX 200: 0,60% / 7.120 pontos
ABERTURA
DAX: -1,000% / 15214,86 pontos
CAC 40: -0,333% / 6982,28 pontos
FTSE: 0,394% / 7558,52 pontos
Ibov. Fut.: -0,09% / 112043,00 pontos
S&P Fut.: 0,37% / 4485,5 pontos
Nasdaq Fut.: 1,404% / 14626,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,01% / 110,44 ptos
Petróleo WTI: 1,48% / $91,61
Petróleo Brent: 1,50% / $92,48
Ouro: 0,30% / $1.813,41
Minério de Ferro: 0,63% / $145,95
Soja: 0,50% / $1.553,75
Milho: 0,81% / $622,25
Café: -0,59% / $242,75
Açúcar: 1,00% / $18,24