O Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) acumulou alta de 4,18% em março, fechando a R$ 68,84/saca de 50 kg no dia 29. A média mensal foi de R$ 67,93/sc, 0,82% inferior à de fevereiro (R$ 68,49/sc) e 32,36% acima da de março/18 (R$ 51,32/sc), em termos nominais. O Indicador de Açúcar Cristal ESALQ/BVMF – Santos acumulou aumento de 3,56% em março, fechando a R$ 69,31/saca de 50 kg no dia 29. A média mensal deste Indicador foi de R$ 67,98/sc, 0,49% inferior à de fevereiro (R$ 68,32/sc) e quase 30% acima da de março/18 (R$ 52,4/sc), em termos nominais.
Mesmo com a queda na produção de açúcar, o preço médio do cristal no spot de São Paulo, no correr da safra 2018/19, foi menor em relação à da temporada 2017/18. No último trimestre da entressafra paulista (de janeiro/19 a março/19), especificamente, a média do Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista) até esteve superior à observada no mesmo período do ano passado, mas isso não implicou em recuperação da média total da safra. Assim, de abril de 2018 a março de 2019, a média do Indicador foi de R$ 62,67/saca de 50 kg, 7,75% menor que a da safra anterior (de abril/17 a março/18), que foi de R$ 67,94/sc, em termos reais – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI base fevereiro/19.
A demanda no spot foi um dos fatores determinantes para o patamar relativamente baixo dos preços internos em 2018/19. Compradores, cientes de uma temporada mais alcooleira, garantiram o consumo do açúcar por meio de contratos antecipados com as usinas, diminuindo a necessidade de aquisições adicionais no spot. O preço do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) também influenciou negativamente os preços no spot brasileiro. De abril/18 a março/19, o primeiro vencimento ficou, em média, na casa dos 12 centavos de dólar por libra-peso, contra 14 centavos de dólar por librapeso de abril/17 a março/18.
Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), usinas do Centro-Sul processaram 1,59 milhão de toneladas de cana-de-açúcar na primeira metade de março, queda de 53,48% em relação à moagem do mesmo período de 2018 (3,42 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra 2018/2019 até 16 de março de 2019, a moagem somou 566,05 milhões de toneladas, queda de 3,82% na comparação com o volume apurado no mesmo período do ciclo anterior. A produção de açúcar registrada na primeira quinzena de março atingiu apenas 9,08 mil toneladas, redução de 80,95% frente à quantidade verificada no mesmo período de 2018.
NORDESTE – Em março, o mercado spot de açúcar esteve com a oferta mais concentrada em algumas unidades e os preços seguiram estáveis. Alguns compradores adquiriram o produto de maneira pontual.
Assim, no mês, o Indicador mensal do açúcar cristal CEPEA/ESALQ em Pernambuco teve média de R$ 73,92/sc de 50 kg, queda de 0,16% em comparação com fevereiro e alta de 19,25% frente a março/18, em termos nominais. Em Alagoas, o Indicador mensal foi de R$ 71,75/sc, elevações respectivas de 0,36% em relação a fevereiro e de 13,55% frente a março/18, também em termos nominais.
INTERNACIONAL – Os preços do açúcar na Bolsa de Nova York foram influenciados por fatores macroeconômicos, como o dólar e o petróleo. A valorização do dólar frente ao Real pressionou pontualmente os valores do demerara, enquanto a alta do petróleo elevou os preços do açúcar. O Rabobank estimou que a próxima temporada mundial de 2019/20 terá déficit de 4,3 milhões de toneladas, devido a projeções de menor produção na Índia, Tailândia e na União Europeia.
Cálculos do Cepea indicaram que as vendas internas do açúcar remuneraram, em média, 15,34% a mais que as externas em março. Esse cálculo considera o valor médio do Indicador CEPEA/ESALQ e do vencimento Maio/19 do Contrato nº 11 da Bolsa de Nova York, prêmio de qualidade estimado em US$ 63,28/tonelada e custos com elevação e frete de US$53,17/tonelada.
Segundo a Secex, as exportações de açúcar bruto (VHP) totalizaram 955 mil toneladas em março/19, volume 8,9% menor ao de fevereiro/19 (1,048 milhão de toneladas) e 30% inferior ao de março/18 (1,37 milhão de toneladas). Em relação ao açúcar branco, foram exportadas em março 163,8 mil toneladas, volume 7,2% superior ao de fevereiro/19 (152,8 mil toneladas), mas 59,2% menor que o de março/18 (401,6 mil toneladas).
O preço médio do açúcar bruto exportado foi de R$ 1.060,9/t em março, 1,4% maior que fevereiro/19 (R$ 1.046,7/t), mas 0,7% inferior ao de março/18 (R$ 1.068,6/t). Em relação ao açúcar branco, o preço médio foi de R$ 1.425,6/t, altas de 4,8% em relação a janeiro/19 (R$ 1.359,9/t) e de 18,4% em comparação com março/18 (R$ 1.203,8/t), em termos nominais. A receita com a exportação de açúcar foi de R$ 1,24 bilhão em março/19, baixa de 4% frente a fevereiro/19 (R$ 1,3 bilhão) e baixa de 35% em relação a março/18 (R$ 1,9 bilhão).
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