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Ajuste é Necessário, Precificar a Tempestade Presumível Pode Ser um Erro

Publicado 13.02.2015, 05:34
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Mudanças abruptas no câmbio nunca são convenientes dada a capacidade de disseminação de efeitos na economia, pois havendo reversão a tendência é não ocorrer a descontaminação dos impactos provocados na economia.

O ajuste no preço da moeda americana no nosso mercado é absolutamente necessário, fato percebido e exteriorizado até pelo Ministro da Fazenda, o que não é usual no Brasil, mas é preciso haver sensatez caso contrário o ajuste passa a contar com a alavancagem promovida por movimentos especulativos.

No nosso entendimento os fundamentos da economia brasileira são as causas determinantes deste ajuste que retira o descompasso entre o artificial e o real do preço da moeda americana, mas, como o Ministro Mantega cultivou o hábito de tudo atribuir a causas externas prejudicando a nossa perfeita economia, ainda se percebe um forte viés desta crença presente e a utilização dos problemas da Grécia para justificar fatos decorrentes absolutamente de causas internas.

O país está fragilizado nos seus fundamentos e esta é uma realidade própria do país que o coloca também em desvantagem perante investidores estrangeiros, que perderam a atratividade que, em regra, sempre demonstraram pelo Brasil enquanto com fundamentos econômicos positivos ou medianos e praticante de taxas de juros elevadas, tanto com ingressos de recursos para a conta capital quanto para investimentos mais longos, afora sempre ter sido atraente para os capitais especulativos.

Atualmente, as perspectivas para o setor externo, a despeito do fluxo cambial liquido neste ano estar positivo, não são favoráveis e o espaço de manobra do BC está muito estreito na eventualidade de se acentuarem fluxos negativos.

Da mesma há uma crescente incerteza quanto à exequibilidade de tudo que está sendo projetado pela nova equipe econômica, na medida em que se percebe que os problemas são maiores do que antevistos à posse da mesma e ainda os ruídos presentes que sugerem que a base política de sustentação ao governo bastante fragmentada não tem interesse em apoiar as mudanças e exercerá pressão contrária.

O dado concreto da herança do superávit negativo deixado pela dupla Mantega/Augustin no TN conspira contra a efetiva viabilidade do superávit primário de 1,2% neste ano, até porque também é crescente a perspectiva de que o PIB não cresça, podendo até ser negativo.

A questão de o superávit primário ser tendente a não ser alcançado coloca como efetivo o risco do país perder o grau de investimento por parte das agencias de rating, e isto seria caótico para o país que já tem em perspectiva dificuldades com o desempenho das contas externas.

Enfim, há a realidade presente e há um conjunto de perspectivas que podem se tornar desapontadoras.

Assim, o razoável é que ocorra o ajuste “vis a vis” a realidade presente e a evolução do preço da moeda americana na medida em que os propósitos do governo não se consolidem e em especial que tenhamos fluxos cambiais mais intensos.

Por isso, nos parece que afastado o movimento especulativo presente na formação de preço da moeda americana, este recue ao que consideramos como ponto de equilíbrio que deve prevalecer no 1º trimestre, ou seja, em torno de R$ 2,80 com volatilidade.

Particularmente entendemos que o governo terá muitos fatores adversos aos seus propósitos, razão pela qual projetamos que o ajuste sequente a R$ 2,80 seja gradual na medida em que desapontamento ocorram, no nosso entender principalmente na questão de fluxos de recursos externos para o país, o preço vá evoluindo até R$ 3,20 ao final do ano.

Desta forma entendemos, como já salientamos em nossas abordagens de ontem, que deva ocorrer um ajuste corretivo no ajuste ocorrido até agora, apreciando agora o real conduzindo o preço ao entorno de R$ 2,80.

Movimentos simétricos com o comportamento externo são no Brasil, neste momento, meras coincidências, pois pode ser observado na alta ocorrida recentemente que foi assimétrica em relação ao comportamento de outras moedas emergentes frente ao dólar.

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