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Aos Passos Largos e Rápidos Para o “Downgrade”, Por Nossa Conta e Ordem

Publicado 03.11.2014, 07:25

O Brasil está precisando de políticas austeras focando resultados absolutamente reversivos do deteriorado “status quo” da sua economia, e, no momento pós eleitoral só tem gerado atitudes que se afastam deste propósito.

O Brasil precisa reconquistar a sua credibilidade e este deve ser o foco marcante do novo período do governo recém-reeleito, sem o que não sairá da “areia movediça” sobre a qual está fincado atualmente.

Receita básica é contenção rigorosa dos gastos, o que provocará a retração da pressão inflacionária, geração de superávit fiscal expressivo, incremento forte dos investimentos, medidas básicas para a reconstrução da trajetória da credibilidade, a partir da qual retomará o acesso a inúmeros benefícios e voltará a despertar atratividade dos investidores.

Mas, o que se vê é um início, sim início porque é o mesmo governo, porém dependente de nomes para completar o “staff” de gestão, são atitudes que sugerem que esteja “patinando logo na largada”.

Começou pelo aumento do juro focando obter apoio do mercado financeiro, que era a intenção do opositor eleitoral fortemente criticada durante a campanha, e ao consagrar o rombo recorde em setembro, o Tesouro passa a ser deficitário no ano, pela primeira vez desde o Plano Real.

O resultado fiscal é lamentável porque retrata que o governo gastou mais do que arrecadou nos últimos 5 meses e não soube se adaptar a um país cuja economia não cresce que sugeria gastar menos e melhor, já sendo notoriamente previsível que a arrecadação seria cadente.

Mas o pior está na sugestão do Secretário do Tesouro que afirmou que solucionará o problema reduzindo a meta fiscal, o que parece um descalabro e até um desrespeito aos eleitores que reconduziram a Presidente Dilma para mais um mandato de 4 anos.

Será trocado o termômetro devido à temperatura estar alta!

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E complementarmente afirma acreditar que as agências de rating não deverão aplicar o downgrade ao Brasil, sem explicar a base da convicção.

Com o resultado fiscal apresentado não seria novidade o Brasil ser rebaixado.

O desequilíbrio fiscal produziu um circulo vicioso na economia. Eleva a dívida pública, fomenta o consumo afetando o controle de preços. Com indicadores preocupantes afeta os credores mais temerosos e incrementa a elevação da inflação, que exige juro alto e compromete o crescimento da economia e a arrecadação.

Se aumentando o juro quis sinalizar rigor com a inflação, o mesmo deveria sugerir em relação ao débil superávit fiscal.

Por isso quando afirmamos que há um ambiente de tolerância, mas sem afastar o descrédito em torno da capacidade do governo realizar a “mirabolante virada” que se faz necessária na economia brasileira, é porque vislumbramos enorme dificuldade de readaptação do governo a um tipo de gestão diferente do praticado até a atualidade.

O novo governo deveria ter começado a emitir os sinais sérios de nova postura a partir da última segunda feira, já que não é rigorosamente novo, mas sim reeleito, com a indicação do novo Ministro da Fazenda, considerando que o atual já foi demitido meses atrás, e com um programa macroeconômico básico para discussões mais efetivas na busca das convergências.

Então, para dar uma sensação de acomodação de indicadores mais sensíveis, o preço da moeda americana, sem razões fundamentadas, passou a revelar intensa depreciação absolutamente insustentável e ficou tendente a apresentar intensa volatilidade já que a irrealidade perderá força e voltará a persistir na busca de sua realidade.

Na sexta-feira sofreu pressão de inúmeros vetores e não conseguiu sustentar a sua irrealidade.

Os Estados Unidos que já havia ontem divulgado crescimento do PIB acima da expectativa no 3º trimestre apontando 3,5% ante projeção de 3,0% e hoje teve inúmeros dados positivos divulgados. Não bastasse isto o Banco do Japão surpreendeu o mercado global com decisão de reforçar inesperadamente os estímulos monetários à sua economia. Houve reflexo imediato com forte valorização da moeda americana chegando a atingir em torno de 1% ante cesta de moeda e ao final do dia sustentava algo como 0,77%.

No Brasil, o real naufragou e voltou à sua realidade tendo se desvalorizado um pouco acima de 2%.

A tendência de apreciação do preço da moeda americana, em especial no Brasil, é consistente e ainda prevalecerá por longo período, já que a reconquista da credibilidade perante os investidores estrangeiros, que detém a capacidade de aumento do fluxo de recursos em volume considerável, ainda demandará muito tempo e a necessidade de muitos acertos por parte do governo brasileiro.

A reconquista da credibilidade vai muito além de boas intenções e palavras, precisará de atitudes fortes.

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