A sessão de ontem foi notadamente desfavorável aos ativos brasileiros como um todo, apesar do fechamento positivos do mercado de renda variável, muito da máxima do dia, descolado do movimento global.
O Real teve também um desempenho sofrível e mesmo antes de se converter como a pior moeda entre os emergentes do dia, levou o mercado de renda fixa junto, com a abertura da curva de juros em praticamente todos os vértices.
Desde as indefinições políticas, até o aumento de preços dos combustíveis da Petrobras (SA:PETR4), o mercado continua num contexto de pouca informação para continuar a acompanhar os movimentos externos e o escasso recurso estrangeiro mingua a cada semana, mantendo elevada a volatilidade do Real.
Para tentar cumprir suas promessas de campanha, desta vez para a eleição das casas legislativas, o governo agora busca em um dos setores mais taxados do Brasil a elevação de impostos para financiar seus projetos.
A medida provisória aumenta a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, altera regras de Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) para a compra de veículos por pessoas com deficiência e encerrando o Regime Especial da Indústria Química (Reiq).
A medida também zera as alíquotas da contribuição do PIS e da Cofins sobre a comercialização e a importação do óleo diesel e do gás liquefeito de petróleo (GLP) de uso residencial.
Tudo isso poderia ser resolvido, caso as reformas estacionadas no Congresso já estivem aprovadas, pois a revisão do pacto federativo, as reformas administrativa e tributária facilmente ajustariam o remanejamento de recursos de maneira mais fácil, dado o fim de travas como os mínimos constitucionais mal aplicados em saúde e educação, pois é um tanto obvio que não estão funcionando no modelo atual.
Por fim, a medida é quase o início do aperto monetário que deve, por razoes óbvias, se iniciado pelo Copom ainda este mês e dado o cenário confuso, muito provavelmente com 50 pontos-base.
A ponta final é que pagará tal imposto.
Atenção aos balanços de Target (NYSE:TGT) (SA:TGTB34), HP (NYSE:HPQ) (SA:HPQB34), Nordstrom (NYSE:JWN) (SA:J1WN34), Lindt (SIX:LISN) e localmente, Eternit (SA:ETER3), Santos Brasil (SA:STBP3) e Via Varejo (SA:VVAR3).
Na agenda macro, destaca-se a inflação ao atacado PPI.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após o melhor dia desde junho para as bolsas internacionais.
Em Ásia-Pacífico, quedas generalizadas, com realização de lucros e manutenção dos juros na Austrália.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com as tensões sobre o próximo movimento da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,63%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6347 / 0,58 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / -0,357%
Dólar / Yen : ¥ 106,89 / 0,122%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,417%
Dólar Fut. (1 m) : 5605,52 / 0,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,85 % aa (3,85%)
DI - Janeiro 23: 5,72 % aa (2,33%)
DI - Janeiro 25: 7,37 % aa (2,08%)
DI - Janeiro 27: 7,97 % aa (1,53%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2723% / 110.335 pontos
Dow Jones: 1,9499% / 31.536 pontos
Nasdaq: 3,0054% / 13.589 pontos
Nikkei: -0,86% / 29.408 pontos
Hang Seng: -1,21% / 29.096 pontos
ASX 200: -0,40% / 6.762 pontos
ABERTURA
DAX: 0,112% / 14028,50 pontos
CAC 40: 0,175% / 5802,95 pontos
FTSE: 0,308% / 6608,82 pontos
Ibov. Fut.: 0,11% / 110262,00 pontos
S&P Fut.: 2,352% / 3898,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,649% / 13188,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 84,68 ptos
Petróleo WTI: -0,68% / $60,75
Petróleo Brent: -1,02% / $63,79
Ouro: -0,22% / $1.724,14
Minério de Ferro: -0,40% / ¥ $171,74
Soja: -0,65% / $1.388,00
Milho: -0,78% / $543,25
Café: 0,74% / $134,65
Açúcar: 0,19% / $16,25