O Índice de Dividendos (IDIV) fechou setembro em alta de 1,89%, abaixo dos 3,6% do Índice Bovespa. No ano, ele acumula 27,02%, acima dos 19,2% do Ibovespa.
As ações de empresas que distribuem mais dividendos costumam ser mais resistentes a crises e turbulências, já que têm receitas mais estáveis e são companhias mais maduras em geral. São, portanto, alternativas para períodos de instabilidade, como o atual, em que o receio de recessão mundial se mistura com a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Além disso, em um ambiente de juros em queda, algumas empresas podem chegar a oferecer retornos em dividendos superiores aos da renda fixa. Nas indicações da 15 corretoras, há estimativas de retorno em dividendos (dividend yield) de mais de 12%. Os valores ainda são isentos para pessoas físicas.
Nas indicações das 15 corretoras acompanhadas pelo Portal do Pavini, o destaque é Taesa (SA:TAEE11), que está presente em 11 carteiras. Empresas de energia elétrica dominam as sugestões, com cinco das 14 ações com mais de quatro indicações. Há também empresas do setor financeiro, como Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Itaúsa (SA:ITSA4), B3 e Banrisul (SA:BRSR6) e empresas de seguros. Confira abaixo as principais indicações de dividendos de outubro.
Para o mês de Outubro, a Guide Investimentos retirou de sua carteira os ativos da B3, realizando os ganhos, e incluiu os papéis de Telefônica Brasil (SA:VIVT4). Assim, o portfólio mantém players mais resilientes, diante de um quadro externo ainda volátil em meio as negociações comerciais envolvendo EUA-China, possibilidade de impeachment de Trump e agenda econômica global ainda enfraquecida.
A corretora acredita em uma carteira menos exposto à volatilidade e com foco em empresas de alta previsibilidade de fluxo de caixa. A taxa de dividendo anual (dividend yield) estimado para a carteira para os próximos 12 meses está por volta de 5%. As premissas para a escolha de ativos seguem as mesmas: empresas: (i) sólidas e com ótima administração; (ii) geração de caixa expressiva; (iii) negócios mais resilientes e (iv) com alto poder de repasse de preços.
Taesa (SA:TAEE11)
Entre as preferidas do mercado, a Taesa (SA:TAEE11) faz parte da carteira da Ativa Investimentos. Trata-se de uma empresa de transmissão de energia elétrica controlada pela Cemig (SA:CMIG4) (22%) e ISA Brasil (15%), possuindo 35 concessões, o que corresponde por mais de 12 mil quilômetros de rede e uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 2,6 bilhões.
A empresa possui novos projetos em construção que devem começaram a ser operacionalizados no biênio 2019/2020, o que deve dissipar as concessões que se encerram em 2018/2019. A empresa vem se beneficiando dos leilões efetuados pela Eletrobras (SA:ELET3), assim como vendas de outras empresas do segmento para expandir ainda mais suas operações. Mesmo em um momento de investimentos, com uma possível emissão de dívidas para alavancar seus resultados, a Ativa ainda tem boas perspectivas de retorno sobre ativos, justificando a escolha do ativo para a composição da carteira.