ÁSIA: Em mais uma sessão instável, as principais bolsas asiáticas zanzaram entre ganhos e perdas nesta terça-feira, um dia depois da China testar pela primeira vez o circuit braker em suas bolsas, após números fracos das fábricas reavivarem preocupações com desaceleração econômica do país. Quando há um movimento de 5% em qualquer direção no índice, as negociações são suspensas por 15% e se o mesmo se mover 7%, o pregão é interrompido e volta apenas no dia seguinte. Em Hong Kong não existe este dispositivo.
Goldman Sachs incluiu entre outros fatores, preocupações com a liquidez do mercado no curto prazo, as saídas de capital, o aperto monetário e inação política por estímulos como causas para o sell-off. O Deutsche Bank disse em uma nota na segunda-feira que os 50 maiores constituintes do CSI300, que são na sua maioria do setor financeiro, imobiliário e indústrias, foram responsáveis por 42% da queda de 7% de ontem, pois são mais sensível à evolução macroeconômica e da dinâmica política. O banco também observou que o limite de 5 e 7% na China é comparativamente menor do que outros mercados. Ns EUA, se o S & P 500 mover entre 7 e 13%, o pregão é suspenso por 15 minutos e depois é completamente interrompido se atingir a marca de 20% em qualquer direção.
Reuters relatou que o órgão de valores mobiliários, o China Securities Regulatory Commission, disse na terça-feira que iria continuar a aprimorar o seu mecanismo de circut breaker, mas que a sua utilização na segunda-feira tinha ajudado a acalmar os mercados e proteger os interesses dos investidores, opinião divergente em relação a dos comentaristas de mercado, que culparam o dispositivo por exacerbar o pânico de venda por parte dos investidores de varejo.
Antes do pregão iniciar, o Banco do Povo da China corrigiu a direção do yuan param 6,5169 contra o dólar, em comparação com 6,5032 de segunda-feira, representando um aumento de 0,21%.
Os principais índices de ações da China, firmaram-se nesta terça-feira, ajudados por uma injeção de US $ 19,9 bilhões no sistema financeiro, a maior injeção em um único dia desde 08 de setembro, proibição de venda de grandes investidores e da intervenção direta dos fundos controlados pelo Estado para apoiar o mercado. O Shanghai Composite chegou a subir 0,95% e cair 3,2% no início da sessão, para finalmente fechar em baixa de 0,26%, a 3.287,7 pontos. O Shenzhen Composite terminou em baixa de 1,86%, em 2.079,77 pontos, enquanto o CSI300 das blues chips fechou em alta de 0,28%, a 3.478,78 depois de cair 2,65% no intraday. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em baixa de 0,56%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em baixa de 1,63%, a 5.184,40 pontos, com destaque de baixa para os setores de energia e saúde, com uma queda de mais de 2%, enquanto o setor financeiro perdeu 1,43%.
Os preços do petróleo não conseguiram sustentar os fortes ganhos iniciais de segunda-feira, enquanto o minério de ferro subiu pele décima primeira sessão consecutiva, avançando 1,8% para US$ 44,37 a tonelada, enquanto o ouro também firmou, subindo 0,08%, em US$ 1074,37 uma onça.
Entre as produtoras de ouro, Newcrest Mining subiu 1,8%, enquanto Evolution Mining e Northern Star Resources subiram 2,15%. Entre as gigantes, BHP e Rio Tinto (L:RIO) caíram 1,2%, mas a produtora de minério de ferro Fortescue Metals avançou 1,3%.
O grupo AWE, de petróleo e gás, subiu 3,86% depois de dizer que a parceira Origin Energy gastaria $ 17.500.000 em infraestrutura na primeira fase do projeto de gás em terra na Austrália Ocidental.
No Japão, os mercados oscilaram entre positivo e negativo antes de finalmente fechar no vermelho. O Nikkei caiu 0,42%, a 18.374 pontos. Toyota e Honda fecharam em baixa de mais de 1,5%, com a paridade dólar-iene, fechando abaixo 120 ienes, em 119,41, com investidores em busca da segurança da moeda japonesa.
EUROPA: Mercados europeus reagem sem direção, depois da volatilidade na China, onde o banco central da China bombeou 130 bilhões de yuans (US $ 19,9 bilhões) no sistema financeiro, mas de olho também na rápida deterioração das relações entre a Arábia Saudita e o Irã, potências opostas do Oriente Médio.
O embaixador da Arábia para as Nações Unidas, Abdallah Al-Mouallimi, disse na segunda-feira que a decisão de romper laços diplomáticos com o Irã não vai afetar seus esforços para assegurar a paz na Síria e Iêmen, informou a Reuters. Na segunda-feira, a Casa Branca pediu a Arábia Saudita e Irã conterem a crise.
O pan europeu Stoxx 600 abriu em alta de mais de 0,7%, mas índices regionais viraram e operam com volatilidade e oscilando entre perdas e ganhos. Destaque para os stocks de telecomunicações. A operadora de telecomunicações francesa Orange confirmou que está em negociações preliminares para uma possível fusão com a rival doméstica Bouygues (PA:BOUY) Telecom. Bouygues sobe 1,4%, Altice avança 4,3% e Numericable dispara 6,4%.
O DAX 30 cai após liquidação de mais de 4% no pregão de ontem. O número de pessoas sem trabalho na Alemanha que pediram seguro desemprego caiu para 14 mil no mês passado, esmagando as expectativas de uma queda de 6000 e mostra que a Alemanha ainda está superando muitos vizinhos e a sua taxa de desemprego ficou inalterada em 6,3%, em comparação com uma média da zona euro de 10,7%. Mas a maioria dos especialistas esperam um aumento do desemprego este ano por causa do fluxo recorde de imigrantes.
A montadora alemã Volkswagen segue em território negativo depois que o Departamento de Justiça dos EUA processou a empresa por supostamente burlar os testes de emissões através da instalação de um software especial.
Na Espanha, que também informou que seu total de desempregados diminuiu em 8% no ano passado e o IBEX 35 também opera momentaneamente em baixa.
No Reino Unido, o FTSE 100 avança, puxada pelas mineradoras, animadas pela injeção de bilhões de dólares por parte do governo chinês, com o objetivo de acalmar seus mercados de ações depois de uma onda de vendas que provocou uma debandada global do dia anterior.
O setor de mineração foi um dos mais atingidos pelo pânico de venda na segunda-feira, quando o FTSE postou sua maior perda em um dia desde o final de setembro. Glencore (L:GLEN) sobe 3,64%, Anglo American (L:AAL) avança 1,76% e BHP Billiton adiciona 1,90%.
Às 8h00 está prevista a divulgação dos dados de inflação da zona do euro, o que deverá provocar mais volatilidade.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
Total Vehicle Sales – Números totais da venda de veículos da indústria automotiva dos Estados Unidos.
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:
ÁSIA
Nikkei: -0,42%
Austrália: -1,63%
Shanghai: -0,26%
Hong Kong: -0,65%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,37%
London - FTSE: +0,27%
Paris CAC: -0,21%
IBEX 35: -0,05%
FTSE MIB: +0,35%
COMMODITIES
BRENT: -0,38%
WTI: -0,19%
OURO: +0,24%
COBRE: +1,01%
SOJA: +0,73%
ALGODÃO +0,14%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,47%
SP500: -0,49%
NASDAQ: -0,48%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.