Faltando menos de três semanas para as eleições, já surgem os nomes mais fortes que devem disputar o segundo turno na disputa da Presidência da República. Neste post da série “De olho nas eleições”, o economista Alexandre Espirito Santo destaca as duplas mais prováveis, de acordo com as pesquisas de intenção de voto divulgadas até agora, e analisa as estratégias de campanha dos principais candidatos.
Bolsonaro – Apesar da condição clínica de Jair Bolsonaro inspirar cuidados, em virtude de nova cirurgia, os candidatos voltaram à carga contra o líder das pesquisas, “batendo” também em seu vice, o General Mourão. A esta altura da campanha, os marqueteiros entram numa fase de depuração, avaliando o que de positivo e negativo ocorreu, e fazendo correções de rota. Aparentemente, “bater” no líder das pesquisas faz parte da estratégia de Ciro Gomes e Geraldo Alckmin. Bolsonaro continua com elevado índice de rejeição.
Alckmin – O tucano não está conseguindo, à despeito de maior tempo de TV e rádio, deslanchar nas pesquisas. Sua campanha ainda não empolga os eleitores e, assim, vai perdendo espaço.
Haddad – Fernando Haddad passou a ser o herdeiro do lulismo. As pesquisas de intenção de voto já apontam a subida do candidato petista, agora empatado com Ciro na segunda colocação. O desafio de Haddad é “sustentar” essa trajetória ascendente por mais três semanas, uma vez que também passará a ser alvo dos demais candidatos, sobretudo de Ciro, que já começou com o discurso de que o país não suportaria uma “nova Dilma”.
Marina – O desempenho de Marina Silva foi a surpresa negativa da semana. Havia uma expectativa de que o recall de 2014, além do apoio feminino, colocaria a candidata da Rede em condições de se destacar e herdar parte do espólio de Lula. No entanto, Marina vem perdendo espaço.
Segundo turno – Assim, faltando pouco mais de 20 dias para irmos às urnas, o primeiro turno vai se desenhando entre Bolsonaro (80% de probabilidade), contra Haddad (70%) ou Ciro (50%). Dentro dessa lógica, a probabilidade de o 2º turno ser entre Bolsonaro x Haddad está em 56%, e a de Bolsonaro x Ciro, em 40%. Se Alckmin e Marina não reagirem rapidamente nesta semana, a ideia de voto útil certamente ganhará corpo, tanto para Bolsonaro, quanto para esses dois candidatos, e as chances de uma virada nesse quadro passam a ser remotas.
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