A ata da última reunião do Copom deixou claro alguns pontos que desafiavam o mercado, principalmente com a abertura da curva de juros nos momentos que antecederam a eleição presidencial.
A pressão cambial influenciou parte dos índices inflacionários, porém se limitou em partes aos preços administrados.
O grau de assimetria do balanço de riscos diminuiu, ainda assim, em caso de piora do cenário, a redução gradual dos estímulos tende a ocorrer.
A inflação atingiu níveis considerados apropriados e o cenário ainda prescreve uma política estimulativa de juros, com maior flexibilidade da política.
A incerteza doméstica reduziu os prêmios de risco, como citamos acima e neste contexto, reforçamos nossa projeção de manutenção da atual taxa até ao menos o primeiro trimestre de 2019, quando finalmente serão conhecidos em sua compleição a nova equipe econômica e os planos de governo que podem estimular a economia ao ponto de se necessitar a retirada dos estímulos.
Na temporada de balanços, destacamos a divulgação no exterior de Eli Lilly, Toyota, Enel (MI:ENEI), Reuters, Mitsubishi e AES.
No Brasil, Petrobrás, Unidas, Iguatemi (SA:IGTA3), MRV (SA:MRVE3), Tim (SA:TIMP3) e BR Properties (SA:BRPR3).
CENÁRIO POLÍTICO
As eleições de midterm nos EUA podem elevar ainda mais a volatilidade dos mercados provocada por Trump. Mantidas as premissas, os republicanos podem perder assentos importantes em ambas as casas, além de governos estaduais.
Obama tem sido um dos mais vocais advogados do voto útil entre os americanos, principalmente pelo voto não ser obrigatório e as pesquisas mais recentes mostram que nem mesmo o tema da caravana de imigrantes aos EUA tem sido suficiente para reverter tal cenário.
Sem o apoio que quer, as atitudes de Trump podem se tornar ainda mais erráticas, caso não consiga cumprir “promessas de campanha”, como erradicar o ObamaCare.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com eleições e balanços.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, na expectativa pelos resultados corporativos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, com destaque ao ouro e ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com a retirada de sanções sob 8 exportadores iranianos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7282 / 0,71 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,088%
Dólar / Yen : ¥ 113,13 / -0,053%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,084%
Dólar Fut. (1 m) : 3726,94 / 0,79 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,64 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 20: 7,13 % aa (-0,70%)
DI - Janeiro 21: 8,08 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 25: 9,74 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,33% / 89.598 pontos
Dow Jones: 0,76% / 25.462 pontos
Nasdaq: -0,38% / 7.329 pontos
Nikkei: 1,14% / 22.148 pontos
Hang Seng: 0,72% / 26.121 pontos
ASX 200: 0,98% / 5.875 pontos
ABERTURA
DAX: -0,358% / 11453,77 pontos
CAC 40: -0,390% / 5081,51 pontos
FTSE: -0,203% / 7089,43 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 90041,00 pontos
S&P Fut.: -0,241% / 2733,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,468% / 6917,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,07% / 84,12 ptos
Petróleo WTI: -0,35% / $62,88
Petróleo Brent:-0,38% / $72,89
Ouro: 0,29% / $1.235,03
Minério de Ferro: 1,34% / $73,90
Soja: -0,49% / $16,23
Milho: 0,00% / $373,75
Café: 0,09% / $117,50
Açúcar: 0,38% / $13,19