As principais bolsas asiáticas caíram nesta segunda-feira com preocupações de que Pequim não aliviará suas políticas econômicas, apesar da desaceleração do crescimento do PIB. Em um comunicado na sexta-feira, o Conselho de Estado do governo chinês, divulgou uma reestruturação econômica, indicando que irá reforçar a fiscalização de produtos de gestão de riqueza e enfatizou a estabilidade do mercado financeiro, mas também deu a entender que irá afrouxar os controles sobre as taxas de juros dos bancos de maneira gradual. O Conselho de Estado sugeriu também controles mais rígidos sobre crédito para indústrias com excessiva capacidade de produção. A queda veio também após uma série de rebaixamentos por corretoras nas últimas semanas, incluindo notas do Goldman Sachs, HSBC, Barclays e Credit Suisse. Na segunda-feira, o Citigroup entrou para esta na lista, cortando sua previsão do crescimento do PIB da China em 2013 de 7,6% para 7,4% e para 2014, de 7,3% para para 7,1%, alegando vislumbrar riscos de alguns erros na política do país, como o recente episódio do aumento nas taxas no mercado interbancário.
O Xangai Composite caiu 2,4% e o índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,3%. O recuo também se deve à cautela dos investidores frente a divulgação dos dados mensais de inflação da China amanhã. Ações do setor financeiro e imobiliário recuaram em Hong Kong. China Construction Bank deslizou 2,1%, Banco Industrial e Comercial da China recuou 1,7% e Hang Lung Properties perdeu 3,8%.
As perdas na China, espalharam-se para outras praças regionais. Kospi da Coréia do Sul caiu 0,9%, enquanto S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,7%. No Japão, o Nikkei terminou 1,4% menor. O benchmark subiu mais de 1% no início da sessão, inspirado por um aumento maior do que o esperado nos empregos nos EUA e fraqueza do iene.
O setor de recursos também ficou sob pressão com o dólar se fortalecendo após números otimistas de emprego nos EUA na sexta-feira, afetando os preços das commodities. Na China continental, Shandong Gold Mining caiu 9,4% e Jiangxi Copper caiu 5,6%. A mineradora de carvão China Shenhua Energy recuou 9%, afetada também por ser negociada ex-dividendo. Em Sydney, as principais mineradoras também recuaram. BHP Billiton caiu 1,8% e Rio Tinto perdeu 1,9%.
Alguns nomes do setor de energia também recuaram. PetroChina caiu 2,1% em Hong Kong e Oil Search caiu 0,3% em Sydney, apesar do benchmark do petróleo chegar a US$ 103 por barril nos EUA.
Vários exportadores japoneses recuaram com as preocupações econômicas chinesas, apesar da alta do dólar dos EUA terminando acima de ¥ 101. Honda Motor caiu 2,1% e Sony recuou 2%. Além disso, dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que o superávit em conta corrente do país diminuiu para ¥ 540.700.000.000 (5.330 milhões de dólares americanos) em maio.
Enquanto isso, as ações da Asiana Airlines recuaram 5,8% em Seul, depois que uma aeronave Boeing 777 operada pela companhia aérea caiu em San Francisco, matando pelo menos duas pessoas e ferindo outras 180.
EUROPA: Os mercados europeus avançam, recuperando fortes perdas da semana passada, quando dados de emprego dos EUA melhores do que o esperado, alimentaram temores de que o Federal Reserve deverá em breve diminuir estímulos. A diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, alertou neste domingo que os bancos centrais devem ter cuidado ao divulgar suas políticas monetárias, segundo o The Wall Street Journal. Investidores também aguardam com ansiedade os números da Alcoa, que inicia a temporada de resultados no final do dia.
O Stoxx Europe 600 avança 1,3% com ações da Hikma Pharmaceuticals saltando 7,8% em Londres depois que o laboratório disse que espera um crescimento da receita em torno de 17% em 2013, acima dos 13%, anteriormente esperado. Os bancos também estavam entre os principais destaques de alta. Banco Comercial Português sobe 4,6%, Jyske Bank avança 3,2% e Royal Bank of Scotland sobe 3,87%.
Dentre os índices específicos de cada país, o índice DAX 30 da Alemanha avança, mesmo com os dados de exportações apontarem um recuo em maio. Índices CAC 40 da França e FTSE 100 do Reino Unido também avançam.
Em Londres, os ganhos vieram após o BoE, do novo presidente Mark Carney, dizer que a recuperação do Reino Unido está no caminho certo e taxas não subirão no curto prazo. Os bancos apresentaram os maiores ganhos. Lloyds Banking sobe 2,3%, Standard Chartered tem alta de 1,9% e HSBC sobe 0,9%. Mineradoras também estão em alta, seguindo os ganhos da maioria dos preços dos metais. Anglo American sobe 1,3%, Rio Tinto avança 1% e BHP Billiton sobe 0,7%. Empresas de petróleo também avançam, desafiando a queda nos preços do petróleo. BP sobe 1,1% e Royal Dutch Shell avança 0,98%
AGENDA DE HOJE:
EUA: 16h00 - Consumer Credit (mede o total de crédito ao consumidor).
AGENDA DA PRÓXIMA SESSÃO:
EUROPA: Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos.
ALEMANHA: Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos.
REINO UNIDO: Industrial Production (números da produção industrial do Reino Unido).
EUA: Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos.
ÍNDICES MUNDIAIS (7h20):
ÁSIA
Nikkei: -1,40%
Austrália: -0,67%
Hong Kong: -1,31%
Xangai Composite: -2,44%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +2,24%
London - FTSE: +0,98%
Paris CAC 40: +1,53%
Madrid IBEX: +1,20%
COMMODITIES
BRENT: -0,49%
WTI: -0,53%
OURO: +0,49%
COBRE: +0,28%
NIQUEL: +0,02%
SOJA: +0,57%
ALGODÃO: +0,13%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,49%
SP500: +0,60%
NASDAQ: +0,64%
RESULTADOS CORPORATIVOS:
EUA: Alcoa, Magnum Hunter, WD-40
ALTERAÇÃO NO HORÁRIO DE NEGOCIAÇÃO BOVESPA A PARTIR DE 08/07/2013:
PREGÃO REGULAR:
9h30 às 9h45 - fase de cancelamento de ofertas
9h45 às 10h00 - leilão de pré-abertura
10h00 às 16h55 - sessão contínua de negociação
16h55 às 17h00 - call de fechamento
AFTER MARKET:
17H25 às 17h30 - fase de cancelamento de ofertas
17h30 às 18h00 - fase de negociação
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.