Semana de peso na agenda micro e macroeconômica, com a decisão de juros do FOMC, alinhado com uma série de inflações, PIBs, PMIs e uma série de dados de atividade econômica, incluindo o mercado imobiliário, além, obviamente, dos balanços corporativos de grande relevância.
Localmente, as atenções se voltam ao IPCA-15 e ao IGP-M, com grande expectativa da descompressão causada pela redução de impostos e do preço da gasolina, levando às deflações de transportes e incrementando projeções de um bimestre deflacionário para os índices fechados.
O item alimentação é o que tem mostrado maior resistência no curto prazo, ainda que elementos sazonais, a questão na Ucrânia, arrefecimento do custo de fretes e a redução do preço de commodities sustentariam uma pressão bem menos intensa no item, o qual tem concentrado as altas em alimentação fora do lar.
Além do repasse de melhora de margem e das altas recentes de preços, algumas pesquisas mostram que a melhora na atividade econômica, no desemprego e o retorno de diversas pessoas do home-office de maneira mais acelerada justificariam parte desta alta.
De qualquer maneira, a menor inflação veio e poderia ser ainda mais forte o arrefecimento, se não fosse o impacto do dólar na cadeia produtiva e nos importados, fortemente presentes no consumo local, tirando inclusive parte do efeito positivo do retorno de parte significativa da produção na China.
Os fatores acima poderiam pesar também na decisão de juros do FOMC nesta quarta-feira, porém, após o mercado exigir uma alta de 100 bp, o Fed veio a público defender uma elevação mais modesta de 75 bp.
O problema é que 75 bp é uma elevação de “bom tamanho”, considerando o histórico da política monetária americana, ou seja, é um ritmo forte, para uma economia que está falhando ainda em retirar os estímulos de liquidez do mercado e que tem sinais desencontrados de recessão.
Daí a importância da leitura do PIB americano e do PCE, além obviamente dos dados do mercado imobiliário e indicadores de atividade econômica, conectados aos resultados corporativos, ou seja, nesta semana, devemos analisar praticamente tudo de maneira conjunta.
Atenção também no Brasil ao desemprego, dados do setor externo e fiscal.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos resultados de Kimberly-Clark (NYSE:KMB) antes da abertura e Facebook (NASDAQ:META) após o fechamento.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados por ações de empresas de tecnologia e na expectativa pela decisão do FOMC e semana de agenda pesada.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com altas no ouro e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e alta em Nova York, na expectativa pelo Fed.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,91%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4976 / -0,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,02 / 0,118%
Dólar / Yen : ¥ 136,39 / 0,191%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / 0,300%
Dólar Fut. (1 m) : 5508,99 / -0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,00 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 24: 13,81 % aa (-1,32%)
DI - Janeiro 26: 13,18 % aa (-1,61%)
DI - Janeiro 27: 13,24 % aa (-1,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1094% / 98.925 pontos
Dow Jones: -0,4295% / 31.899 pontos
Nasdaq: -1,8699% / 11.834 pontos
Nikkei: -0,77% / 27.699 pontos
Hang Seng: -0,22% / 20.563 pontos
ASX 200: -0,02% / 6.790 pontos
ABERTURA
DAX: 0,388% / 13305,09 pontos
CAC 40: 0,442% / 6244,31 pontos
FTSE: 0,262% / 7295,42 pontos
Ibov. Fut.: 0,06% / 99775,00 pontos
S&P Fut.: 0,48% / 3984 pontos
Nasdaq Fut.: 0,555% / 12491,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,41% / 117,01 ptos
Petróleo WTI: 0,99% / $95,64
Petróleo Brent: 1,06% / $104,29
Ouro: 0,15% / $1.730,14
Minério de Ferro: 2,48% / $106,40
Soja: 0,49% / $1.441,50
Milho: 1,42% / $572,25
Café: 0,73% / $208,30
Açúcar: -0,50% / $17,80