ÁSIA: As bolsas da Ásia fecharam mais uma vez sem direção nesta terça-feira, balizadas pela contínua queda nos mercados globais de petróleo e dados econômicos melhores do que o esperado no continente.
Os preços do petróleo caíram mais de 5% durante a noite, estendendo pelo segundo dia consecutivo, após o Goldman Sachs reduzir suas previsões de curto prazo e com produtores do Golfo não demostrando nenhum sinal de reação. Como resultado, o Dow Jones Industrial Average terminou em queda de 0,5%, enquanto o S&P 500 recuou 0,8%, com o setor de energia liderando as quedas. O Nasdaq também recuou 0,8%, enquanto o índice de volatilidade CBOE, saltou quase 12%, para 19,60.
Era mais um dia de negociação agitado, o Shanghai Composite da China avançou 0,19% após números do comércio de dezembro sugerirem que a segunda maior economia do mundo encerrou o ano em uma posição mais sólida. As exportações em dezembro da China subiram 9,7% ante o ano anterior, acima da previsão média de crescimento de 6,6% dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal e 4,7% ante novembro. As importações caíram 2,4% ante o ano anterior, após uma queda de 6,7% em novembro, menor que a previsão dos economistas de um declínio de 7,0%. O superávit comercial da China diminuiu para 49,61 bilhões dólares em dezembro, ante 54,47 bilhões de dólares em novembro. A previsão dos economistas era de um superávit 49,40 bilhões de dólares. Em 2014, o país registrou um superávit comercial de 382,46 bilhões de dólares, em comparação com um excedente de 259,750 bilhões em 2013. As exportações aumentaram 6,1% em 2014, face a um aumento de 7,9% em 2013. As importações subiram 0,4%, abaixo dos crescimento de 7,3% em 2013.
A China importou 86,85 milhões de toneladas métricas de minério de ferro em dezembro e 932,5 milhões de toneladas no ano, ambos os volumes são recordes para o mês e ano. As importações para dezembro subiram 18,3% ante o ano anterior e 29% a partir de novembro.
Entre os destaques, o Banco Agrícola da China caiu 0,3%, enquanto o Bank of China perdeu 0,7%. Corretoras também recuaram. Citic Securities e Haitong Securities caíram 4 % cada.
Em Hong Kong, o Hang Seng reverteu as perdas e fechou com ganhos de 0,87%, enquanto o yuan subiu contra o dólar para buscar 6,2015. Empresas de transportes avançaram com os preços do petróleo mais baixos. Orient Overseas saltou 2,96%, China Merchants Holdings ganhou 3,66%, China Eastern Airlines Corporaton subiu 2,04% e China Southern Airlines adicionou 2%. No entanto, o maior produtor offshore de petróleo da China, Cnooc caiu 1,69% e a gigante estatal de energia PetroChina subiu 0,23%, apagando as perdas iniciais.
Na volta do feriado, o Nikkei fechou em queda de 0,22% em um pregão com o tempo reduzido pela metade. Dados positivos de conta corrente do país registraram um superávit saudável pelo quinto mês consecutivo em novembro, mas não conseguiram levantar o sentimento do investidor. A moeda local ganhou 0,4% contra o dólar, em 117,8 e pesava sobre stocks de exportadores. Japan Airlines, que se beneficia com a queda dos preços de combustível, contrariou a tendência de baixa, para fechar em alta de 0,7%.
O S&P/ASX 200 da Austrália recuou 0,15%, pela segunda sessão consecutiva, diminuindo as perdas no período da tarde, após dados chineses do continente, compensando o impacto negativo da queda implacável dos preços do petróleo, que mais uma vez atingiram os produtores de energia; Oil Search perdeu quase 3%, enquanto Santos e Woodside Petroleum recuaram 1,1 e 1,7% cada. As mineradoras também sofreram, depois que os preços do minério de ferro caíram para 68,50 dólares a tonelada. Atlas Iron e Mount Gibson recuaram mais de 11% cada. Rio Tinto caiu 1,8%, apesar de dizer que espera exportar urânio para a Índia em 2017. Alumina subiu 4% com a notícia de lucro do seu parceiro na joint venture Alcoa.
EUROPA: As bolsas europeias abriram em queda, pesadas por uma onda de vendas no setor de energia, com a contínua queda dos preços do petróleo.
O índice Stoxx Europe 600 sobe 0,3%, com as varejistas postando o maior ganho entre os 19 setores. Metro da Alemanha adiciona 3,3% após a operadora das lojas de departamento Kaufhof relatar um aumento na receita do primeiro trimestre e que todas as divisões tiveram melhoria nas vendas em dezembro. Em Londres, William Morrison avança 4,5% após a varejista dizer que busca um novo diretor executivo para substituir Dalton Philips, que vai deixar o cargo no final do ano e que as vendas, excluindo combustível em lojas abertas, há pelo menos um ano caíram 3,1% nas seis semanas encerradas em 4 de janeiro, melhor que a estimativas dos analistas para uma queda de 4%.
Ontem, o índice subiu puxado pelas bolsas gregas postando o maior ganho entre os 18 mercados da Europa Ocidental, depois de atingir nível de sobrevenda. O benchmark europeu caiu 1% na semana passada, sua segunda queda semanal, postando seu pior início de ano desde 2008. O mesmo caiu 3,7% entre 5 de dezembro e 09 de janeiro em meio a queda de petróleo e dúvidas em relação ao futuro grego com as eleições presidenciais marcadas para 25 de janeiro.
Ainda no Reino Unido, o FTSE 100, descartadas perdas iniciais, sobe puxado pelas varejistas. Tesco Plc também subiu, avançando 3,5 por cento. J Sainsbury Plc e Ocado Group Plc aumentou mais de 2 por cento.
O declínio dos preços do petróleo pesa sobre produtores de petróleo. Tullow Oil cai 3,90% após Jefferies iniciar a cobertura da Tullow com uma classificação "underperform". Royal Dutch Shell cai 1,15%, BP perde 0,74% e BG Group avança 0,66%. Entre as mineradoras, BHP Billiton e Rio Tinto cai 0,67 e 0,56% respectivamente e Anglo American sobe 0,61%.
A inflação de Dezembro do Reino Unido ficou em 0.5%, pior que o esperado e mais baixo desde 2000.
AGENDA ECONÔMICA: EUA
10h30 - NFIB Small Business Index (índice de otimismo do pequeno empresário);
13h00 - JOLTS Job Openings (pesquisa mensal em diferentes indústrias em que analisa contratações, abertura de emprego, demissões, recrutamentos, etc);
16h01 - 10-y Bond Auction (leilão de títulos de 10 anos do governo americano);
17h00 - Consumer Credit (mede o total de crédito ao consumidor).
ÍNDICES MUNDIAIS (7h50):
ÁSIA
Nikkei: -0,22%
Austrália: -0,15%
Hong Kong: +0,87%
Shanghai Composite: +0,22%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,98%
London - FTSE: +0,76%
Paris CAC +0,98%
IBEX 35: +0,82%
FTSE MIB: +1,01%
COMMODITIES
BRENT: -0,85%
WTI: -2,97%
OURO: +0,39%
COBRE: -1,93%
NIQUEL: -1,27%
SOJA: +0,50%
ALGODÃO: -0,08%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,42%
SP500: +0,44%
NASDAQ: +0,47%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.