A semana “emocionante” para a economia brasileira e internacional fecha com indicadores que podem exatamente corroborar com a decisão do Banco Central de avançar ainda mais nos cortes de juros no futuro próximo.
A sustentação dos déficits de conta corrente por um fluxo constante de Investimento Externo Direto (IED) tem sido um dos pilares da qualidade da recuperação econômica no Brasil e um suporte para o contexto onde os déficits fiscais têm uma certa compensação pelo setor externo.
Ao se unir a este contexto uma inflação baixa, como a projetada pelo IPCA-15 e perspectivas de inflação futura ainda controlada, apesar do risco de cauda das eleições, imaginar que o Banco Central possa avançar ainda mais no afrouxamento monetário nem de longe é uma irrealidade.
Ainda assim, a questão da guerra comercial de Trump, mesmo beneficiando o Brasil, se choca com este cenário por uma desvalorização do real frente ao dólar, ponto sensível da inflação brasileira. Ficamos nos 6,25% aa por enquanto.
CENÁRIO POLÍTICO
Não saiu nem um HC, nem uma decisão favorável, nem desfavorável.
Saiu uma afronta ao direito brasileiro, criando um contexto de favorecimento à uma figura pública, que pode comprometer os efeitos do combate à corrupção.
A descrença com o Superior Tribunal deve se refletir nos próximos dias e se a arrogância de seus membros os permitirem entenderem o reflexo de suas ações na sociedade, talvez no dia 4 algo minimamente produtivo possa sair da decisão.
Fontes dizem que tudo não passa de um grande acordão, onde o ex-presidente concorda em não concorrer, enquanto o tribunal concorda em não prender.
Mesmo assim, terminamos a semana que o Brasil ainda está longe de oferecer a decência necessária para ser chamado de uma nação. Somos no máximo um país.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em queda, com a piora das relações comerciais China/EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, também por reação à guerra comecial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em queda até os 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, a alta é forte no ouro, na busca pela segurança, enquanto o minério de ferro, paládio e cobre caem.
O petróleo abre em alta, com sinais de continuidade dos cortes de produção da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3147 / 1,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / 0,236%
Dólar / Yen : ¥ 104,98 / -0,285%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,050%
Dólar Fut. (1 m) : 3302,76 / 0,72 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,24 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,14 % aa (-3,38%)
DI - Janeiro 21: 8,06 % aa (-2,30%)
DI - Janeiro 25: 9,42 % aa (-0,63%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,25% / 84.768 pontos
Dow Jones: -2,93% / 23.958 pontos
Nasdaq: -2,43% / 7.167 pontos
Nikkei: -4,51% / 20.618 pontos
Hang Seng: -2,45% / 30.309 pontos
ASX 200: -1,96% / 5.821 pontos
ABERTURA
DAX: -1,512% / 11917,10 pontos
CAC 40: -1,456% / 5092,00 pontos
FTSE: -0,633% / 6908,60 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84939,00 pontos
S&P Fut.: -0,265% / 2636,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,736% / 6642,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,19% / 86,92 ptos
Petróleo WTI: 0,37% / $64,54
Petróleo Brent:0,15% / $69,01
Ouro: 0,99% / $1.342,19
Minério de Ferro: -0,82% / $70,96
Soja: 0,11% / $18,80
Milho: -1,20% / $370,50
Café: -0,29% / $118,50
Açúcar: -0,08% / $12,74