Os resultados macroeconômicos de ontem elevaram o ânimo de diversos ativos em nível local e internacional, principalmente com o fechamento de um trimestre bastante conturbado.
Nos EUA, mesmo após a sinalização do Fed nas projeções macroeconômicas, o PIB abaixo das expectativas suscitou um maior apetite pelo prêmio de risco, com investidores vendo maior gradualismo no aperto monetário.
Não que isso seja verdade, pois os sinais recentes do FOMC foram relativamente claros, porém se a economia americana diminuir o ritmo em consequência das incertezas com a guerra comercial, tal cenário pode se desenhar.
Localmente, ao citar entre a necessidade de políticas estimulativas e incertezas diversas, o BC afastou ainda mais no RTI quaisquer cenários que incluam um aperto monetário.
A alteração para tal movimento demandaria tal deterioração do cenário como um todo, que de certa maneira já teria sido antecipada pelo mercado e pelas projeções de inflação.
Ainda bastante influenciado pelas movimentações cambiais, o mercado de juros futuros tem passado por forte volatilidade nos últimos dias e os diversos vértices da curva raramente definem uma tendência clara.
Hoje aparenta um dia mais calmo, com possível fechamento.
Um dos trimestres mais voláteis dos últimos anos termina com leve ânimo dos investidores. Basta entender se vai durar até o fim do dia.
CENÁRIO POLÍTICO
Prevendo a derrota e inelegibilidade após a estratégia de Fachin no STF, o ex-presidente lula já sinalizou aos correligionários que Haddad é seu candidato a presidente nas próximas eleições.
Caso isso se confirme, ainda existem grandes dúvidas sobre o potencial de Haddad absorver os votos do ex-presidente e mais, retirar aqueles ganhos por Marina Silva no Norte e Nordeste.
O mês de julho tende a ser bastante decisivo para as coligações e neste momento, as definições podem trazer ao menos um alívio de curto prazo.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY em alta, após o acordo migratório na Europa.
Na Ásia, o fechamento foi positivo puxado por China e o fechamento do trimestre.
O dólar opera em queda expressiva contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em alta em todos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta generalizada, com destaque ao minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em queda em NY e alta em Londres, com a queda global de estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 4,8%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8615 / 0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,683%
Dólar / Yen : ¥ 110,65 / 0,145%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,466%
Dólar Fut. (1 m) : 3855,72 / -0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,64 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,33 % aa (-2,57%)
DI - Janeiro 21: 9,35 % aa (-2,09%)
DI - Janeiro 25: 11,65 % aa (-1,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,64% / 71.767 pontos
Dow Jones: 0,41% / 24.216 pontos
Nasdaq: 0,79% / 7.504 pontos
Nikkei: 0,15% / 22.305 pontos
Hang Seng: 1,61% / 28.955 pontos
ASX 200: -0,33% / 6.195 pontos
ABERTURA
DAX: 1,010% / 12300,20 pontos
CAC 40: 1,062% / 5331,68 pontos
FTSE: 0,716% / 7670,18 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72230,00 pontos
S&P Fut.: 0,257% / 2726,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,308% / 7082,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,36% / 87,03 ptos
Petróleo WTI: -0,20% / $73,30
Petróleo Brent:1,27% / $78,84
Ouro: 0,19% / $1.250,61
Minério de Ferro: -0,06% / $64,81
Soja: -0,37% / $16,32
Milho: 0,80% / $347,50
Café: -1,88% / $112,65
Açúcar: -0,76% / $11,79