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Bolsonaro Acusado de Esquema de Rachadinha e os Destaques da Semana

Publicado 09.07.2021, 13:01
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Panorama Semanal de 5 a 9 de julho*

DESTAQUES

Cobrado pela CPI da Pandemia a se posicionar sobre denúncias de corrupção no governo envolvendo negociação de vacinas contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro, em sua live semanal, afirmou: “Caguei para a CPI”. Este foi um dos destaques da semana no noticiário, além da prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, por mentir em seu depoimento. Também causou grande repercussão a acusação de que Bolsonaro, enquanto deputado, participava do esquema das “rachadinhas”.

CPI DA COVID

O presidente da CPI, Omar Aziz, enviou uma carta a Bolsonaro, cobrando um posicionamento sobre as denúncias que vêm sendo feitas e que envolvem o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. “Somente Vossa Excelência pode retirar o peso terrível desta suspeição dos ombros deste experimentado político, o deputado Ricardo Barros”. Em sua live de quinta-feira, Bolsonaro, além da já citada declaração chula, disse que não responderia nada. 

PRISÃO DE ROBERTO DIAS

Dias foi preso pela Polícia do Senado por ordem de Aziz. Ele é acusado pelo PM Luiz Paulo Dominguetti de cobrar propina de US$ 1 por dose de vacina. Na CPI, Dias disse que foi uma coincidência o encontro, em um restaurante do DF, com Dominguetti – um PM que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply para intermediar a venda da AstrtaZeneca. No entanto, dados do celular de Dominguetti, que foi apreendido pela CPI, revelaram conversas anteriores sobre o jantar. 

Dias negou ter pedido propina. Após ter ficado preso por algumas horas, pagou fiança de R$ 1.100 e foi liberado. 

Outras mensagens do celular apreendido estão vindo à público, como um áudio em que Dominguetti diz que Bolsonaro sabia das negociações para comprar vacinas com intermediação.

AZIZ X FORÇAS ARMADAS

O ex-diretor de Logística teria ainda um dossiê detalhado sobre grupos que disputam propinas no Ministério da Saúde. Um deles seria ligado ao chamado Centrão, e o outro seria composto por militares. Aziz fez comentários sobre os militares, afirmando que “fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”. A declaração incomodou o comando militar, que respondeu por meio de nota: “As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. Aziz interpretou o comunicado como uma tentativa de intimidação aos trabalhos da CPI.

CASO COVAXIN

Em outra frente de denúncia, a ministra do STF Rosa Weber enviou os autos do caso Covaxin à PF. O inquérito pode apurar se Bolsonaro cometeu crime de prevaricação na negociação da vacina indiana. O TCU deu um prazo de dez dias para que o Ministério da Saúde justifique a alta no preço da Covaxin durante as negociações. Nesse caso, que foi denunciado na CPI pelos irmãos Miranda, a empresa Precisa Medicamentos seria a intermediária.

RACHADINHA

E o presidente da República também foi destaque no noticiário por causa de denúncia feita por sua ex-cunhada Andrea Siqueira Valle sobre o esquema conhecido como “rachadinhas”. Segundo Andrea, o envolvimento se deu quando Bolsonaro era deputado federal. Já há pedido para criação de uma CPI sobre o assunto, bem como para que a PGR investigue, mas, por lei, o presidente só pode ser investigado por ações feitas durante o mandato presidencial.

ATOS CONTRA O GOVERNO

No fim de semana, manifestantes foram novamente às ruas em mais de 100 cidades pelo país, pedindo o impeachment de Bolsonaro. Os eventos, em sua maioria, foram pacíficos, mas houve quebradeira e violência em São Paulo. Os protestos também pedem mais agilidade no processo de imunização contra a Covid-19. 

COVID-19

No combate à Covid-19, a variante delta, mais transmissível, é a grande preocupação mundial e começa a se espalhar no Brasil. Apesar da predominância dessa cepa em muitos países – como os Estados Unidos – estudos mostram que a maioria das vacinas são efetivas contra a variante. O mundo já registra mais de quatro milhões de mortes por Covid-19.

Por aqui, o número de óbitos, ainda elevado, segue em queda, o que comprova os bons resultados à medida que o processo de imunização da população avança. 

A Anvisa autorizou o início da aplicação da Butanvac em voluntários. A Butanvac é 100% produzida no Brasil. E a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que autoriza o governo a quebrar patentes de remédios e vacinas em casos emergenciais. 

MOVIMENTAÇÕES NO JUDICIÁRIO

No Judiciário, o advogado-geral da União, André Mendonça, vai ser o indicado para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo. Mello vai se aposentar.

INFLAÇÂO

Na Economia, destaque para a pressão inflacionária. O IPCA, divulgado pelo IBGE, acumula alta de 8,35% em 12 meses. O centro da meta oficial do governo para este ano é de 3,75%. Em junho, com pressão de alimentos (carnes) e combustíveis, o IPCA ficou em 0,53%.

PROJETO DE LEI

O governo sancionou projeto de lei sobre o superendividamento dos consumidores. A ideia é que os consumidores sejam informados sobre taxas e juros embutidos nas compras. 

HAITI

No cenário global, preocupa a situação do Haiti, que declarou estado de sítio após o assassinato a tiros do presidente Jovenel Moïse, enquanto dormia na residência oficial. O governo, tido como autoritário, tem enfrentado oposição interna. A primeira-dama Martine Marie Etienne Joseph Moïse foi gravemente ferida e levada para Miami.

BOLSA

No pregão desta quinta-feira, com toda a tensão política e o cenário externo influenciado pela variante delta, o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,25, em alta de 0,28%, mesmo com a intervenção do BC no mercado. O Ibovespa fechou em queda de 1,25%, a 125.427 pontos. 

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até as 9h30 do dia 9/7

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