Políticos amedrontados: que bom!
Mercado local repercute clima tenso em Brasília: o medo é de que Cunha abra a boca e suas revelações prejudiquem o andamento dos trabalhos do Legislativo, atrasando agenda de reformas.
Particularmente penso que um cenário de classe política amedrontada é o melhor para o país — qualquer país.
“Ah, mas o mercado fica nervoso” — com o mercado nervoso a gente lida, e sai fortalecido. Lembram das preocupações de que o impeachment traria incerteza institucional?
Começou
Foi 0,25. Confesso que torcia pelos 50, mas tudo bem. O que importa é que entramos, oficialmente, em um ciclo de queda de juros.
Como muito bem observado pelo Felipe, com a desaceleração da inflação o juro real no país está aumentando — não nos deixemos iludir pelos valores nominais das variáveis econômicas. Caberá ao BC correr atrás. Persistirá, nas próximas rodadas do Copom, a pressão por cortes mais intensos.
A título de exercício, se assumirmos a Selic no nível atual e a inflação convergindo para a meta de 4,5 por cento ao final de 2017, chegaríamos ao final do próximo ano com juro real de 9 por cento — o que é muita coisa. Por aí tem-se uma boa ideia do espaço de queda.
Segue lindo o cenário para prefixados longos. Como vão suas LTNs?
Draghi é um fracasso
Lá fora repercute a decisão do Banco Central Europeu, que deixou tudo como estava: taxa básica de juros em zero e programa de estímulos em inalterado, com recompras programadas para terminar ano que vem.
Frustrou, assim, quem esperava um aceno de extensão do programa. Já falamos sobre isso: o mercado sempre quer mais uma dose, tal qual o alcoólatra inveterado.
A grande questão é que, pelo menos para o tipo de ferramenta empregada até aqui, Draghi está diante do fim da linha. Olhamos com espanto não somente títulos soberanos negociados a taxas negativas, mas mesmo dívida privada: é, pelo contrário, sinal claro de que chegou-se ao limite.
A ironia é que o próprio Draghi reconhece que os riscos à atividade econômica europeia persistem: assina, assim, o atestado de que tudo o que foi feito até aqui fracassou.
Ouro e dólar: como fazer?
Em função dos solavancos das últimas semanas, falamos reiteradamente na necessidade de alocar parte do patrimônio em ativos-seguro. Tenha um pouco de exposição a câmbio e a ouro, eu insisto.
Tem sido questionamento recorrente a melhor maneira de buscar essa exposição. Fundos podem ser uma alternativa interessante. A Luciana fez um belo levantamento de boas alternativas, focando em taxas de administração competitivas (principal ponto de atenção nos fundos cambiais) e/ou baixo volume de aplicação (questão-chave nos produtos de ouro).
Além de oferecem acesso a gestores especialistas em estratégias cuja operacionalização é mais trabalhosa para o investidor individual, Os Melhores Fundos de Investimento também ajudam a proteger seu portfólio de maneira eficaz. Legal, né?
M5M + 140
Não é novidade que eu escrevo pelos cotovelos, ameaçando transformar o M5M em M20M. A pedidos, aderi ao Twitter.
A ideia é usar o canal para compartilhar mais ideias, trazer mais dos bastidores da Empiricus e receber ideias e feedbacks de vocês.
Sigam-me os bons!