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Brexit: Tudo que Você Queria Saber (mas Tinha Medo de Perguntar)

Publicado 23.06.2016, 10:46

Por Clement Thibault

Após o dia de hoje, é possível imaginar que o futuro político e econômico da União Europeia poderá ser redesenhado pelo referendo do Reino Unido sobre a decisão de se os britânicos devem permanecer membros ou sair do bloco. Popularmente conhecido como ‘Brexit’ – contração de Britain Exit – a votação poderá ter consequências extensas não apenas para os britânicos e para as economias da Eurozona, mas também para as moedas globais e mercados acionários.

Vamos olhar mais profundamente sobre o que essa votação significa para os envolvidos. Este artigo vai examinar as razões para o referendo.

O que exatamente é a União Europeia?

A União Europeia (UE) é uma união econômica e política de 28 estados livres, localizado principalmente no continente europeu. Cada estado reconhece, ao se juntar à UE, que eles entraram nos tratados internacionais cobertos pela união por livre vontade, sem ser forçado a fazê-lo por um outro estado ou superpotência. A força da UE – e ironicamente sua fragilidade – vem exatamente desse fato.

No Artigo 50 do tratado da UE, “Qualquer Estado-Membro pode decidir, em conformidade com as respectivas normas constitucionais, retirar-se da União”. Até o momento, nenhum dos membros da UE decidiu deixar o bloco, enquanto a lista de espera para entrar na UE é longa. Uma decisão da população britânica de se tornar o primeiro país a sair da União Europeia pode gerar ramificações não apenas para o futuro do Reino Unido, mas também manchar gravemente o prestígio e o poder político da UE.

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Antes da fundação da União Europeia em 1º de novembro de 1993, os britânicos faziam parte da bem menor Comunidade Econômica Europeia, na qual entrou em 1975. A CEE – normalmente chamada por Mercado Comum – tinha nove estados-membros e era, principalmente, um comercial.

Semelhante à CEE, a União Europeia representa um único mercado para seus estados-membros. Diferentemente do acordo anterior, esse evoluiu para uma entidade mais abrangente – e mais política – sediada em Bruxelas, na Bélgica, com questões de mercado, assim como legislação sobre imigração e vistos.

Para muitos no Reino Unido, este é o centro do problema atual.

Por que parte do Reino Unido quer sair?

As razões são várias. Politicamente, alguns cidadãos estão preocupados com o poder crescente da União Europeia sobre seus membros. A UE tem poder de legislar exclusivamente em áreas como procedimentos comerciais comuns, políticas de transporte e ainda regras de competição. Essencialmente, isso significa que os estados membros não têm mais o direito de introduzir as suas próprias leis nestas áreas, o que vários veem como enfraquecimento da soberania individual.

Economicamente, alguns acreditam que o movimento livre de pessoas e mercadorias – princípio fundamental da União Europeia – está prejudicando a economia britânica, já que o governo não pode controlar o fluxo de trabalhadores imigrantes para o país, e os negócios são livres para migrar para onde quiserem dentro da União Europeia. O argumento de controle das fronteiras, que está em curso há vários anos, ganhou força recentemente e também está sendo usado no contexto de segurança, já que alguns acreditam que ao deixar a política da União Europeia sobre a crise dos imigrantes sírios poderia beneficiar a segurança do Reino Unido.

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Ainda, o Reino Unido contribui com bilhões para o orçamento da União Europeia, mas recebe bem menos em retorno. Quanto menos é objeto de intenso debate. De acordo com o fullfact.org, o Reino Unido paga anualmente £ 13 bilhões em taxas (aproximadamente US$ 18,4 bilhões), e recebe de volta £ 4,5 bilhões (cerca de US$ 6,4 bilhões) em gastos da União Europeia no Reino Unido, deixando um balanço negativo de £ 8,5 bilhões (US$ 12 bilhões) para o país.

Por que outros querem permanecer?

Claro que aqueles que desejam permanecer na UE têm seus próprios argumentos.

Politicamente, eles querem permanecer na UE porque acreditam que unidos, cada país é mais forte do que seria isoladamente. A UE sempre se viu como uma superpotência global, status que seria inatingível por qualquer um de seus membros sozinhos.

Realmente, enquanto o Reino Unido, Alemanha e França possuem vasta influência política em várias partes do mundo, cada um não pode competir isoladamente com a influência da política internacional dos Estados Unidos. Esse argumento vale para os apoiadores da permanência quando discutem questões de segurança, pois acreditam que a força numérica é crucial para lidar com ameaças futuras.

Economicamente, os países-membros da UE podem exportar dentro do bloco sem nenhum custo, aumentando as vendas dos produtos britânicos no continente europeu. A UE também consegue negociar acordos comerciais melhores, já que a acesso à totalidade do mercado europeu é uma proposta atrativa para os parceiros comerciais externos.

Os apoiadores da permanência argumentam que o Reino Unido jamais terá capacidade de negociar termos melhores sozinho. Por Exemplo, o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (APT, ou TTIP na sigla em inglês), que está atualmente em negociação entre os Estados Unidos e a União Europeia pode se tornar o maior acordo comercial já criado. Se o Reino Unido deixar a UE, ele teria de negociar isoladamente, para bem ou para mal, dependendo da perspectiva de cada um.

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Finalmente, enquanto os trabalhadores imigrantes são vistos como prejudiciais para a economia britânica pelos apoiadores da saída da UE, aqueles que desejam permanecer no bloco argumentam que jovens imigrantes podem ajudar a estimular o crescimento e somente irão fortalecer a economia do país.

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