As volumosas chuvas ocorridas nas regiões produtoras de café arábica e robusta, principalmente a partir da segunda quinzena de maio, atrasaram a colheita e derrubaram uma parcela dos grãos dos pés, segundo indicam pesquisadores do Cepea. Produtores que já haviam iniciado a colheita de cafés precoces da temporada 2017/18 tiveram que interromper as atividades, e aqueles que planejavam iniciar os trabalhos decidiram esperar. Os reais prejuízos quanto à qualidade da bebida ainda não foram calculados, o que deve acontecer nos próximos dias. Apesar do atraso da colheita, as chuvas já diminuíram ao longo da semana passada e a expectativa é de que as atividades sejam intensificadas nos próximos dias, favorecidas pela previsão de tempo mais seco, segundo a Climatempo.
ARROZ: ORIZICULTORES RECUAM E PREÇO DO CASCA SOBE
Após três meses em queda, em maio (até o dia 30), o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, subiu 1,35%, indo a R$ 39,14/sc de 50 kg nessa terça-feira, 30. Apenas nos últimos sete dias (de 23 a 30 de maio), o aumento foi de 0,67%. Conforme pesquisadores do Cepea, esse cenário se deve à retração de alguns orizicultores para a venda do casca. Apenas orizicultores com necessidade de “fazer caixa” estão presentes no mercado para a venda de casca. Do lado comprador, indústrias com necessidade de repor estoques estão ativas, adquirindo novos lotes de arroz em casca, seja depositado em seus armazéns ou arroz “livre” (armazenado nas propriedades rurais).
ALGODÃO: MAIO SE ENCERRA COM PREÇO EM PEQUENA ALTA
Os valores internos do algodão em pluma oscilaram no correr de maio, mas devem encerrar o mês registrando apenas pequena variação. Segundo pesquisadores do Cepea, os preços foram sustentados pela posição firme de vendedores neste período de entressafra e também pela desvalorização do Real frente ao dólar, especialmente nas últimas semanas de maio. Quanto à liquidez, está baixa, cenário verificado ao longo de todo o mês. Além da menor disponibilidade de pluma no spot, a disparidade entre os valores pedidos por vendedores e os ofertados por compradores limitam as negociações. Ainda, são constantes as queixas envolvendo a qualidade da pluma ofertada. No acumulado de maio (até o dia 30), o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias registra ligeira alta de 0,66%.
MELANCIA: PREÇOS AUMENTAM 8% NA CEAGESP
As cotações da melancia estão em alta na Ceagesp, devido ao predomínio da fruta de Uruana (GO) no atacado, que tem melhor qualidade e maior custo logístico, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Entre 22 e 26 de maio, a melancia graúda (>12 kg) teve média de R$ 1,08/kg na Ceagesp, valor 8% maior que na semana anterior. Quanto à oferta, está alta no atacado, refletindo o acúmulo de frutas nos boxes decorrentes dos dias chuvosos em São Paulo.