Os preços do café arábica oscilaram com força nos últimos dias no mercado brasileiro. Somente na semana passada, entre 11 e 15 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 recuou 90,26 Reais/saca (ou -6,8%), chegando a fechar a R$ 1.239,04/sc no dia 14, o menor patamar diário desde 25 de maio. Já nessa terça-feira, 19, os preços avançaram, voltando a superar os R$ 1.300/sc. Segundo pesquisadores do Cepea, na última semana, os preços nacionais acompanharam o recuo dos valores externos, que foram influenciados pelo receio de uma nova recessão global, o que tem feito com que os fundos troquem seus contratos de café por outros ativos mais seguros. Além disso, o clima seco segue favorecendo a colheita da safra 2022/23 no Brasil. Nessa terça-feira, 19, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.318,67/sc, alta de 22,26 Reais/saca (+1,7%) na comparação com a terça anterior, 12. Para o robusta, os preços oscilaram de forma menos intensa. Segundo colaboradores do Cepea, a maior presença da indústria torrefadora vem permitindo o fechamento de alguns negócios, ainda que agentes consultados pelo Cepea relatem que vendedores seguem bastante retraídos. Nessa terça-feira, 19, especificamente, os preços foram impulsionados pela alta externa, com o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechando a R$ 719,25/sc, avanço de 1,2% frente ao dia 12.
ALGODÃO/CEPEA: EM MEIO À BAIXA LIQUIDEZ, INDICADOR SE ESTABILIZA NA CASA DOS R$ 6/LP
Depois de atingir a casa dos R$ 8 por libra-peso em meados de maio deste ano, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento 8 dias, passou a recuar com certa força nas semanas posteriores. Atualmente, os valores estão relativamente estáveis, operando na casa dos R$ 6/lp. De acordo com colaboradores do Cepea, a liquidez está baixa, com agentes focados no cumprimento de contratos. Cotonicultores estão mais firmes nos valores pedidos no spot, indicando ter boa parte da produção já comprometida. Quanto à nova safra, a colheita e o beneficiamento ainda estão no início, e a produtividade é incerta em algumas áreas, o que faz com que agentes aguardem uma intensificação das atividades para poder cumprir programações e, então, retomar as negociações. Muitos compradores, por sua vez, seguem fora de mercado, adquirindo apenas o necessário para manter as atividades e esperando a entrada de um volume maior. Entre 12 e 19 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento 8 dias, recuou 1,5%, fechando a R$ 6,0043/lp nessa terça-feira, 19. Na parcial de julho, o Indicador acumula baixa de 5,3%.
ARROZ/CEPEA: RETRAÇÃO VENDEDORA ELEVA PREÇO NO RS
Com o bom volume já negociado, principalmente para atender à demanda exportadora, produtores estão afastados das vendas de arroz em casca no mercado spot, elevando a disparidade entre os valores pedidos e ofertados pelo cereal. Esse cenário vem limitando a liquidez e sustentando os valores do grão. Entre 12 e 19 de julho, a média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista), avançou 2%, fechando a R$ 76,94/saca de 50 kg nessa terça-feira, 19.