Após o movimento de realização de lucros ocorrido na quinta-feira, os contratos futuros do café encerraram a semana em território negativo nos mercados internacionais. Para analistas, as cotações aguardam novidades para se direcionarem.
Mesmo com a recuperação dos preços nas últimas semanas, os níveis alcançados ainda são inferiores aos observados em 2016, quando a maioria dos produtores aproveitou para travar vendas para a safra 2017, colhida atualmente. Dessa forma, a expectativa é que o mercado se aqueça a partir de setembro, quando terá fim esse período de entrega.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro do Contrato C caiu 165 pontos na semana, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,3850 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento setembro do contrato futuro do robusta recuou US$ 51, finalizando a sessão de quinta-feira a US$ 2.090 por tonelada.
O dólar comercial também influenciou, em menor escala, os preços da commodity, à medida que renovou suas máximas frente ao real depois das novas ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a Coreia do Norte.
O cenário de incertezas em relação à meta fiscal no Brasil e o recuo do petróleo foram outros fatores que auxiliaram no avanço do moeda norte-americana. Ontem, a divisa foi cotada a R$ 3,1756 — maior nível desde 17 de julho —, com ganho de 1,6%.
No Brasil, uma frente fria na costa da Região Sudeste reduzirá as temperaturas nas áreas produtoras e deve causar chuvas e rajadas de vento no Paraná e no oeste de São Paulo durante o domingo. Nos dias seguintes, as precipitações alcançarão o sul de Minas Gerais, com o período mais úmido devendo se estender sobre as Regiões Sul e Sudeste do Brasil até a próxima sexta-feira.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o recuo dos preços internacionais na quinta-feira fez com que os participantes, já em clima de receio, afastassem-se de vez das negociações no País.
Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 471,79/saca e a R$ 410,20/saca, respectivamente, com variações de 0,8% e de -1,5% em relação ao fechamento da sexta-feira passada.