Depois de registrarem forte movimento de alta em fevereiro, os preços domésticos do café arábica se enfraqueceram nestes primeiros dias de março. Na parcial deste mês (de 26 de fevereiro a 9 de março), o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor recuou 9 Reais por saca (ou 1,2%), fechando a terça-feira, 9, a R$ 737,48/saca de 60 kg. Segundo pesquisadores do Cepea, essa queda esteve atrelada ao recuo no mercado internacional, que, por sua vez, foi influenciado pela elevação do dólar frente ao Real e por correção técnica, após os avanços expressivos em fevereiro. Nesse cenário, vendedores brasileiros se afastaram do mercado, limitando os negócios.
ARROZ: DEMANDA SEGUE BAIXA, E PREÇO RECUA 2% NESTE INÍCIO DE MÊS
As cotações do arroz em casca continuam em queda no mercado do Rio Grande do Sul, de acordo com dados do Cepea. O Indicador ESALQ/SENAR-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) fechou a R$ 85,04/sc de 50 kg nessa terça-feira, 9, baixa de 2,16% nesta parcial do mês. Demandantes seguem pouco ativos no mercado, enquanto produtores ainda priorizam a colheita em detrimento das negociações. Além disso, o avanço da colheita também influencia a queda das cotações. IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO – Em fev/21, segundo a Secex, as importações de arroz em equivalente casca totalizaram 80,6 mil toneladas, baixas de 38,1% em relação a jan/21 e de 1,7% sobre fev/20. Já os embarques somaram 81,9 mil toneladas, contra 21,3 mil toneladas no primeiro mês deste ano, mas 2,1% abaixo do volume de fev/20.
ALGODÃO: QUEDA EXTERNA LIMITA MOVIMENTO DE ALTA NO BRASIL
Os preços do algodão em pluma seguem em alta no Brasil, mas o ritmo do avanço foi limitado nos últimos dias pelo enfraquecimento nos valores internacionais da commodity. Ainda assim, entre 26 de fevereiro e 9 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1,8%, fechando a R$ 5,1508/lp nessa terça-feira, 9. Quanto aos negócios, estão lentos. De acordo com pesquisadores do Cepea, o fechamento do comércio em algumas regiões do País, devido ao endurecimento das medidas para contenção da covid-19, deixou agentes de indústrias cautelosos para novas aquisições e preocupados com o desempenho das vendas. Vale considerar que parte das empresas já alegava dificuldade nos repasses das altas da matéria-prima antes mesmo do fechamento do comércio de bens não essenciais. Do lado vendedor, produtores consultados pelo Cepea permanecem firmes nos valores pedidos e seguem com as atenções voltadas aos carregamentos de contratos a termo.