Os preços do café arábica recuaram no Brasil nos últimos dias, pressionados pela desvalorização dos futuros da variedade na Bolsa de Nova York (ICE Futures). Segundo colaboradores do Cepea, o cenário baixista segue mantendo vendedores afastados do mercado, limitando os negócios no País. Nessa terça-feira, 19, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 403,12/saca de 60 kg, recuo de 1,4% em relação à terça anterior, 12. No mercado de robusta, o cenário também é de baixa liquidez, com grande parte dos vendedores esperando preços mais altos para voltar a negociar. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 303,82/saca de 60 kg na terça-feira, 19, baixa de 0,2% em relação ao do dia 12 – a retirar no Espírito Santo.
ARROZ: COM AGENTES CAUTELOSOS E FRACA DEMANDA, LIQUIDEZ É BAIXA E PREÇO CAI
À espera do avanço da colheita da safra 2018/19, agentes realizaram apenas negociações pontuais de arroz em casca nos últimos dias no Rio Grande do Sul. No geral, tanto indústrias como produtores estiveram cautelosos, procurando constatar as reais condições das lavouras desta temporada e seus rendimentos. Quanto aos preços, entre 12 e 19 de fevereiro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou queda de 0,9%, fechando a R$ 39,61/saca de 50 kg nessa terça-feira, 19. No acumulado do mês, o recuo é de 2,85%. Conforme colaboradores do Cepea, o cenário baixista está atrelado à fraca demanda dos setores atacadista e varejista pelo arroz beneficiado neste mês – indústrias que têm arroz em casca da safra 2017/18 têm dado preferência para as liquidações e aguardam a chegada do produto da nova temporada. Do lado do produtor, as negociações efetivadas ocorreram devido à necessidade de “fazer caixa” e/ou liberar espaço nos silos.
ALGODÃO: RITMO DE NEGÓCIOS É LENTO E COTAÇÕES TÊM LEVE RECUO
As negociações envolvendo algodão em pluma estão limitadas a poucos lotes. Conforme colaboradores do Cepea, enquanto o comprador busca apenas repor estoques, vendedores ofertam maiores volumes, mas com características de cor, micronaire e fibra. Outros agentes, especialmente os que possuem lotes de boa qualidade, se mantêm retraídos do mercado, atentos à valorização do dólar na primeira quinzena de fevereiro, apesar da queda dos preços internacionais no mesmo período. Assim, a “queda de braço” resultou em pequenas oscilações nos valores domésticos. Entre 12 e 19 de fevereiro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou leve queda de 0,35%, fechando a R$ 2,9313/lp no dia 19. Na parcial de fevereiro, o recuo é de 0,37%.