Após atingirem o patamar de R$ 470,00/saca de 60 kg no início do mês, os preços do arábica despencaram na última semana, refletindo, principalmente, a desvalorização da variedade no mercado internacional. Nessa terça-feira, 22, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 448,96/saca de 60 kg, queda de 2,24% frente à terça anterior – entre as duas últimas sextas-feiras, 11 e 18, o recuo foi de fortes 4,7% (22,15 reais por saca de 60 kg). Quanto ao robusta, os vendedores da variedade permanecem retraídos (à espera de preços mais altos e concentrados na próxima temporada), dificultando as negociações. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo teve aumento de apenas 0,11% nos últimos sete dias, fechando a R$ 410,96/saca de 60 kg nessa terça-feira, 22.
ARROZ: RETRAÇÃO COMPRADORA PRESSIONA VALORES DO CASCA
Os preços do arroz em casca caíram expressivamente nos últimos dias, devido ao recuo de algumas beneficiadoras do Rio Grande do Sul, que deram preferência ao arroz depositado em seus armazéns. Além disso, segundo colaboradores do Cepea, os setores atacadista e varejista dos grandes centros consumidores reduziram o valor de suas ofertas pelo fardo beneficiado, cenário agravado pela maior disponibilidade do produto vindo de outras regiões, inclusive de parceiros do Mercosul. Do lado vendedor, alguns orizicultores também disponibilizaram lotes a preços menores que os pedidos na semana anterior, por conta da maior necessidade de “fazer caixa”. Nesse cenário, o Indicador do arroz em casca ESALQ-SENAR/RS registrou expressivo recuo de 0,52% entre 15 e 22 de agosto, fechando a R$ 39,63/sc de 50 kg nessa terça-feira, 22.
ALGODÃO: MAIOR INTENÇÃO DE VENDA MANTÉM COTAÇÕES EM QUEDA
As intenções de venda estão mais evidentes que as de compra no mercado brasileiro de algodão em pluma, mantendo os preços em queda, movimento que se estende desde o início deste mês. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos vendedores está flexível quanto aos valores pedidos, enquanto as indústrias presentes no spot pressionam os valores e buscam pluma de boa qualidade. Nesse cenário, o número de lotes efetivados nos últimos dias foi limitado. De 15 a 22 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou baixa de 1,05%, fechando a R$ 2,4158/lp nessa terça-feira, 22.
TOMATE: COM ENTRADA DO PRODUTO DE GO EM SP, PREÇOS CAEM COM FORÇA NA CEAGESP
As cotações do tomate salada longa vida seguem em queda no atacado paulistano, refletindo o aumento da oferta e a baixa liquidez. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a Ceagesp vem recebendo grandes quantidades do tomate rasteiro de Goiás, que tem menor preço de comercialização, fato que acaba afetando os negócios de outras variedades, principalmente do salada longa vida. Nesse cenário, entre 14 e 18 de agosto, os tomates salada longa vida 2A e 3A tiveram médias de R$ 22,19 e de R$ 31,91 por caixa de 20 kg na Ceagesp, respectivas quedas de 18,83% e de 27,49% frente às médias da semana anterior.